PUBLICIDADE

Comércio de fachada escondia droga dentro de chuveiro na Vila Madalena

Frequentadores de bares e outras baladas da região tinham um código para adquirir os papelotes de maconha

Por Ricardo Valota
Atualização:

SÃO PAULO - A polícia acredita que, há cerca de cinco anos, frequentadores de bares e outras baladas localizadas na Vila Madalena, região de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, vinham comprando maconha do traficante conhecido como "Ceará", que montou um comércio de fachada na altura do nº 68 da Rua Gonçalo Afonso e vendia a droga disfarçadamente.

 

PUBLICIDADE

Durante a semana, por causa do movimento fraco, a suposta loja "faz tudo", onde pessoas em tese compravam objetos em geral ou solicitavam serviços de reparos residências, funcionava até as 22 horas; mas, aos finais de semana, ficava aberta a madrugada inteira. Uma denúncia anônima levou policiais militares do 23º Batalhão até o local na noite de segunda-feira, 10.

 

Dentro de chuveiros usados o traficante escondia os papelotes de maconha. Foram apreendidos 70 papelotes com o criminoso, que apresentou aos policiais um documento de identidade em nome de José Jovani Fonteles, de 42 anos. A palavra "Charle" era o código que o cliente tinha que usar para conseguir a maconha.

 

No local também foram detidos um homem, o segurança do ponto, e uma mulher, que monitorava a movimentação policial na região. Estes dois estavam fora do estabelecimento quando a viatura da PM parou em frente ao imóvel. O casal também foi levado para o plantão do 14º Distrito Policial, de Pinheiros, mas, segundo os policiais, como não havia drogas ou armas com os dois, eles entraria apenas como testemunha no boletim de ocorrência.

 

Já "Ceará" foi atuado em flagrante por tráfico de drogas e corrupção ativa, pois tentou subornar os policiais na tentativa de ser liberado. O bandido ofereceu os cerca de R$ 115,00 que havia com ele e ainda prometeu dar mais dinheiro aos PMs, com os quais combinaria horário e local da entrega.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.