07 de agosto de 2011 | 00h00
O dono desses estabelecimentos é Antonio Bento de Oliveira, que serve cerca de 45 refeições diárias por R$ 5. "Não trabalhamos com prato feito, porque fica mais caro. Então, por esse preço, a pessoa pode escolher, com o arroz e feijão, por peixe, carne ou frango", explica. O prato é acompanhado de salada. Sucos custam de R$ 0,50 a R$ 2.
Um pouquinho mais à frente fica a minipadaria e mercearia da Perpétua e do Dedé. O casal vende cerca de 2 mil pães por dia, além de outros quitutes feitos pela proprietária. Perpétua Araújo Alves, de 41 anos, está tentada a reformar o imóvel. "Quero azulejar tudo e bater uma laje para receber os turistas que, com certeza, vão vir aqui." Ela ainda não fez a obra porque não sabe se será desapropriada.
O metalúrgico aposentado Carlos da Silva, de 64 anos, não tem medo da desapropriação. Ele tem uma banca de frutas na garagem de sua casa e uma bonbonnière na casa ao lado. "Já peguei R$ 15 mil de empréstimo para ampliar meus negócios. Itaquera está no olho do furacão", conta.
Silva pretende construir também uma lanchonete "simples, mas de muito bom gosto para atender o turista". Além de expandir a banca de frutas. "Imagine todos aqueles visitantes do exterior encantados com as nossas frutas."
Itaquera não tem hotéis e as opções gastronômicas são restritas. A principal é a praça de alimentação do Shopping Metrô Itaquera, com 23 restaurantes e 1.314 lugares. Pelo shopping, que estuda se vai ou não ampliar as instalações, já passam por dia 60 mil pessoas.
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