20 de janeiro de 2014 | 02h04
De acordo com Lívio Amaral, diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao Ministério da Educação, já existem esforços do governo federal para que as redes estaduais facilitem a participação dos docentes. "Mas é preciso reconhecer que as secretarias têm dificuldades. Não conseguem liberar totalmente o professor, durante um ou dois anos, e repor devidamente a equipe", pondera.
Para Antônio Amaral, professor da cidade piauiense de Cocal dos Alves, a 280 km de Teresina, os dirigentes devem entender a importância da qualificação. "Dá trabalho, tanto na universidade quanto em casa. Fiquei com poucas aulas na minha escola, mas alguns colegas do curso tiveram dificuldades para a liberação", lembra.
Existem ainda problemas estruturais. Entre os alunos da Região Norte, por exemplo, foi diagnosticado o menor tempo de acesso ao conteúdo online do curso. "A maioria dos professores não tem internet banda larga. Imprimem o material para estudar em casa", relata Viana, que aponta a interiorização das turmas como outra meta.
Para os coordenadores, mais recursos também são necessários. "Precisamos custear a mobilidade dos estudantes e professores, que vão a aulas e eventos fora de suas cidades", diz Maria das Graças Rodrigues, do mestrado profissional em Letras. Segundo ela, já são negociadas com a Capes mais verbas para as atividades acadêmicas.
Apesar da necessidade de ajustes, o formato de capacitação chamou a atenção fora do País. "Houve contatos iniciais do Uruguai, Chile e Cabo Verde para internacionalizar a rede", conta Viana. No Brasil, já são discutidos mestrados profissionais em outros campos do ensino básico, como Biologia, Química e Educação Física
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