Com novo prédio, Arquivo do Estado amplia capacidade

A partir de hoje, até 100 pesquisadores serão atendidos por dia na sede de Santana, que pode armazenar 70 km de documentos

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Por Edison Veiga
Atualização:

Depois de dois anos em obras e com um atraso de pelo menos sete meses no cronograma original da obra, o novo edifício do Arquivo Público do Estado, em Santana, zona norte de São Paulo, será aberto hoje ao público. A construção do prédio e a reforma das antigas instalações do mais importante guardião da memória paulista consumiram R$ 86,9 milhões. Também foram investidos mais R$ 3 milhões em mobiliário e equipamentos. Com isso, a capacidade de armazenamento de documentação cresce de 10 quilômetros lineares para 70 km."Trata-se da casa da nossa história", afirmou ontem o governador Geraldo Alckmin (PSDB), durante a cerimônia de reinauguração. "Agora, os documentos serão armazenados com segurança, no único prédio do País feito especialmente para ser Arquivo Público do Estado, projetado contra incêndio e roubo."Segundo o secretário-chefe da Casa Civil, Sidney Beraldo, a capacidade de atendimento saltará de 25 pesquisadores para cem pesquisadores simultaneamente. "É um passo importantíssimo na valorização da memória de São Paulo", disse ele, cuja pasta é responsável pela instituição.Como o Estado revelou em 11 de março, houve pelo menos dois incêndios recentes na instituição. O segundo deles, em 18 de fevereiro deste ano, teria afetado quatro estantes, com danos a exemplares de jornais antigos e cadastros de famílias do acervo do Memorial do Imigrante, conforme alguns funcionários relataram à reportagem. O novo edifício tem dez andares - cinco deles com pé-direito duplo -, em um total de 23,5 mil m² de área construída. Os novos depósitos têm climatização controlada e revestimento de placas térmicas, que reduzem os efeitos dos raios solares e do calor.Toda a estrutura é reforçada para suportar uma carga de até 2,6 mil quilos por metro quadrado - em um edifício convencional, essa capacidade não costuma ser maior do que 300 quilos por m². "Com essa infraestrutura, estaremos garantindo a guarda da memória paulista em condições ideais", disse Carlos Bacellar, coordenador do Arquivo.Revolução. A nova sede tem auditório com 200 lugares e espaço de exposição - a primeira mostra, que deve ser aberta no início de julho, abordará a Revolução Constitucionalista de 1932.

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