11 de outubro de 2010 | 11h21
A representante de vendas Inês Napo, de 57 anos, e o marido, o professor Luiz, de 58, estavam com os filhos e os netos no Guarujá desde sábado, quando receberam uma ligação de um vizinho, às 6 horas. Ele avisou que tinha ouvido um barulho na casa ao lado e chamou a polícia.
Os policiais chegaram a tempo de prender os dois ladrões que subiram no telhado da garagem e entraram pela janela de um quarto de frente para a rua, mas a casa já tinha sido revirada. Um terceiro suspeito, que aguardava em um Gol cinza, conseguiu escapar.
A polícia encontrou com os criminosos uma mochila na qual eles tinham colocado joias e bijuterias. Mas Inês sentiu falta de parte das joias, assim como de R$ 700 que ela guardava em casa. “Pode estar na casa revirada. Mas se não fizerem logo a perícia, não tenho como saber”, conta a representante de vendas.
“Todos os cômodos da casa estão bagunçados e não posso arrumar nada sem a perícia, que não foi realizada ainda pela impossibilidade de registrar o boletim de ocorrência”, reclamou Inês. “A polícia diz que está sem sistema em toda a cidade.”
Às 16 horas, Inês ligou novamente para o delegado do 30.º DP do Tatuapé. Ele informou que o sistema para registrar o boletim de ocorrência ainda não havia voltado. Como não podem cozinhar - segundo orientação da própria polícia -, Luiz comprou comida pronta.
Essa é a segunda vez que o sobrado da família é alvo de violência. Há dois anos, o portão foi arrombado e levaram o carro de Inês. “Já me pergunto se, com tanta insegurança, não é hora de mudar para um apartamento. Agora tenho medo de viajar com a família inteira e deixar a casa sozinha.”
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