Com atraso e sem restauro do Mercado das Flores, Prefeitura inicia reforma do Largo do Arouche

Para ser reconstruído, gestão Bruno Covas (PSDB) busca R$ 1,5 milhão de parceria com iniciativa privada; primeira etapa de obra será custeada por empresas francesas

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Por Juliana Diógenes
Atualização:

Com um ano de atraso e redução no projeto, a Prefeitura de São Paulo anunciou nesta sexta-feira, 24, a reforma do Largo do Arouche, no centro de São Paulo. Previsto para ser restaurado, o Mercado das Flores foi retirado do projeto. Previsão de entrega da primeira etapa das obras é de quatro meses. Praça ganhará banheiros, boulevard, bebedouros, além de mais postes de iluminação e bancos. 

O projeto também prevê ampliar o espaço público para além dos limites do Largo. Isso porque a obra vai nivelar o piso do local até a calçada que abriga o restaurante francês La Casserole e a Academia Paulista de Letras. O nivelamento do piso com a rua é um convite à redução de velocidade dos veículos. 

Reforma vai nivelar piso do local até a calçada que abriga o restaurante La Casserole Foto: VALERIA GONCALVEZ/ESTADAO

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​A proposta de elevação da rua segue o modelo “traffic calming”, semelhante ao que já existe na Rua Avanhandava e na Praça do Patriarca. Nesse tipo de via, as velocidades máximas ficam em torno de 20km/h e 30km/h.

Após quatro meses de obras, o Largo do Arouche terá um parque para crianças, uma horta comunitária, uma arquibancada, além de uma base fixa da Polícia Militar e quiosques para a comunidade LGBT e para cuidadores da praça. 

"Vamos ter uma área para criança, uma horta comunitária, uma arquibancada para eventos culturais, toda uma requalificação respeitando as ações do tombamento em relação à parte geométrica aqui da praça que reproduz espaços de Paris”, afirmou o prefeito Bruno Covas. Ele disse que a manutenção desses equipamentos será de responsabilidade da Prefeitura. 

Toda a obra ​da primeira etapa do largo do Arouche ​vai custar R$ 2,3 milhões, valor arrecadado por cerca de 30 empresas francesas, recursos captados pela Câmara de Comércio França-Brasil e a Associação Viva o Centro. ​Ao todo, somadas as intervenções com mobiliário e o custo da obra, ​serão gastos R$ 3,5 milhões. 

A parceria com os empresários começou em 2017, quando Doria convocou a comunidade francesa a dar um presente para a cidade de e propôs requalificar o Arouche. Ele defendia a ideia de transformar o espaço em um “promenade” (passeio, em francês).

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Mercado das Flores

A reforma do Mercado das Flores está prevista para uma segunda etapa, ainda sem data para ser iniciada. Isso porque as obras estão estimadas em R$ 1,5 milhão, que não foi arrecadado ainda. Segundo o prefeito Bruno Covas (PSDB), a administração municipal fará uma busca por parceiros na iniciativa privada.  ​ No projeto inicial, estava prevista a instalação de uma marquise com painéis fotovoltaicos para captação, armazenamento e reuso de água da chuva para rega das plantas​, o que daria autonomia à praça. 

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