SÃO PAULO - Agora parece estar próximo o final da novela em que se transformou a abertura do Shopping JK Iguatemi, na zona sul de São Paulo, cuja previsão inicial era dia 19 de abril.
Na segunda-feira, 11, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), principal autoridade municipal em assuntos de trânsito na cidade, enviou à Procuradoria Geral do Município (PGM), o novo estudo de impacto viário no entorno do empreendimento que havia sido exigido pelo órgão para analisar se a Prefeitura pode conceder o Termo de Recebimento e Aceitação Parcial (Trap).
O Trap permite a abertura do empreendimento sem que todas as obras viárias exigidas por lei estejam concluídas.
Carros. Técnicos da companhia chegaram à conclusão de que se apenas o shopping for aberto, a quarta faixa da Marginal do Pinheiros, já concluída, será suficiente para minimizar o impacto que a inauguração do centro de compras irá causar ao trânsito da região. Quando aberto, calcula-se que o empreendimento despejará nas ruas próximas até 6 mil veículos entre às 18 e 19 horas em dias úteis.
Agora, esse novo estudo será novamente enviado à PGM para novo parecer.
A construtora e dona de metade do JK havia pedido 10 dias atrás para o município a redivisão da entrega da obra. Mas o pedido não tratava o shopping de maneira isolada. Pela divisão atual, a segunda etapa da obra englobaria o JK, duas torres de escritório e o antigo prédio da Daslu.
Há 15 dias, a WTorre pediu para que fosse liberado nessa segunda etapa o shopping e as duas torres de escritório, deixando a reforma da antiga Daslu (onde haverá mais uma torre de escritório) para uma terceira etapa.
Viaduto. Das quatro exigências viárias feitas pelo município, falta concluir a principal delas: o viaduto que vai ligar a Avenida Juscelino Kubitschek, sentido Ibirapuera, à Avenida Nações Unidas, pista local da Marginal do Pinheiros, sentido rodovia Castello Branco. Essa intervenção deve ficar pronta em aproximadamente um ano.
No final de maio, o prefeito Gilberto Kassab (PSD) anunciou que havia uma brecha na lei de polos geradores de tráfego, situação à qual o JK Iguatemi está enquadrado, que garantia essa possibilidade. A Procuradoria Geral do Município analisou essa brecha e concluiu que mais estudos e negociações teriam de ser feitos antes que o empreendimento fosse liberado.
Prejuízo. A estimativa da Associação dos Lojistas de shopping é de que as perdas dos 250 lojistas somem, no mínimo, R$ 2 milhões por dia.