Cobrador é morto durante assalto a ônibus na Raposo Tavares

Segundo funcionários, este é o terceiro roubo na semana com características semelhantes; vítima trabalhava há 26 anos nesta função e estava prestes a se aposentar

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Por Redação
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SÃO PAULO - Um cobrador foi assassinado durante assalto a um ônibus intermunicipal na Rodovia Raposo Tavares, altura do km 15, na madrugada desta quarta-feira, 26, por volta da meia-noite. É o terceiro roubo nesta semana contra ônibus da mesma empresa, com características semelhantes, segundo funcionários.

 

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O coletivo da linha 422 Pinheiros-Itapevi, de propriedade da Auto Viação Raposo Tavares, estava na Rua MMDC, no Butantã, quando os dois criminosos, um branco e outro negro, subiram, pagaram a passagem e foram para o fundo do ônibus. Já na rodovia, um deles foi para a frente do veículo, rendeu o motorista e anunciou o assalto. O outro passou a recolher pertences dos passageiros e o dinheiro do caixa.

 

Na altura do km 15, um dos criminosos teria atirado contra o motorista, mas a arma falhou. O cobrador, Wanderlei de Souza Freitas, 62 anos, pegou uma barra de ferro, foi para cima do assaltante e o derrubou, segundo testemunhas. Seu comparsa reagiu e baleou Freitas na cabeça.

 

Os criminosos desceram no km 16 da rodovia e o motorista seguiu por mais dois quilômetros, até a base da Polícia Rodoviária Federal. Freitas morreu a caminho do Pronto Socorro Bandeirantes. Os criminosos levaram cerca de R$ 300 de passageiros e do caixa do ônibus.

 

Funcionários da Auto Viação Raposo Tavares, que preferiram não se identificar, disseram que este foi o terceiro assalto da semana a ônibus da empresa, provocados por homens com características semelhantes. Na segunda-feira, 24, uma dupla assaltou um coletivo da linha 488 Pinheiros-Vila Menk e, no dia seguinte, um ônibus da linha 298 Carrefour-Mirante da Mata.

 

"As histórias se repetem", afirmou um dos funcionários. Os assaltantes agem à noite, aproveitam que os coletivos estão lotados de universitários e fogem entre os kms 15 e 17 da Raposo Tavares. Freitas trabalhava há 26 anos como cobrador e estava prestes a se aposentar. O crime foi registrado no 51º DP (Rio Pequeno/Butantã).

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