
11 de abril de 2013 | 16h11
Promotorias de várias cidades do Estado devem investigar a denúncia de que o governo do Estado reservou parte das vagas destinadas ao tratamento de dependentes químicos em alguns municípios do Interior para atender apenas pacientes encaminhados pelo Centro de Atendimento ao Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), na capital paulista.
A suspeita surgiu em março na cidade de Santos. Ao tentar conseguir vagas para três dependentes químicos de Itanhaém, a promotora Erika Pucci ouviu que metade dos 30 leitos de uma clínica do Estado em Santos estavam reservados aos pacientes do Cratod.
"A região da Baixada Santista e do Vale do Ribeira só tinha, portanto, 15 vagas à disposição. As outras estavam reservadas para o Cratod, sem levar em conta critérios de necessidade dos pacientes", disse a promotora. No dia em que visitou o local, ela disse que quatro dos leitos supostamente reservados estavam vazios, enquanto havia, na região, pacientes esperando por vaga.
Após o pedido de Érika, a Justiça de Santos determinou que as vagas não podiam mais ser reservadas pelo Cratod. Promotores ouvidos pelo Estado dizem ter a informação de que a prática ocorre em outras cidades. Por isso, cada região deve entrar com uma ação separada.
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