
10 de novembro de 2010 | 00h00
Renata Sant"Anna
AUTORA DO LIVRO "DE DOIS EM DOIS: UM PASSEIO PELAS BIENAIS"
1. A primeira Bienal aconteceu em 1951. Como foi o começo?
A inauguração foi no pavilhão do Masp, os próprios artistas que ajudaram a montar. Na época, era uma forma de trazer para perto das pessoas o que acontecia fora do Brasil, porque viajar para o exterior era bem mais difícil que hoje. Muitos artistas foram influenciados pelo que viram nas primeiras bienais.
2. Sempre foi um evento polêmico?
Começou com a curadoria de Sheila Lerner, que trouxe pinturas enormes para a "Bienal da Grande Tela", em 1985, e 75 obras de Marcel Duchamp, em 1987. É normal a mostra propor discussões não esperadas por público e crítica.
3. O público se acostuma ou reage melhor a cada Bienal?
Sempre há algo diferente até para quem já foi em três edições. Uma só tem instalação; outra é repleta de vídeos. É sempre um desafio ao aprendizado.
4. Você viu uma evolução nas Bienais?
Não diria evolução, mas mudanças. É importante que a mostra facilite o encontro com a arte contemporânea e não fique restrita a Monet ou Picasso.
5. São Paulo é a cidade ideal para receber as Bienais no Brasil?
Sim, porque recebe muita gente de fora interessada em arte, e olha que hoje são cerca de 150 Bienais no mundo.
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