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Cinco dias de destruição e luto

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Por Redação
Atualização:

Foi uma semana que deixou o País de luto. A mesma chuva que atingiu São Paulo no fim da noite de segunda-feira chegou ao Rio com intensidade catastrófica um dia depois. Na capital e em cidades do interior paulista, 14 pessoas morreram afogadas ou atingidas por deslizamentos. Na região serrana do Rio, a catástrofe atingiu proporção ainda mais impressionante: mais de 500 mortos foram contabilizados em cinco cidades. A segunda pior tragédia climática da história do País isolou cidades, destruiu bairros, varreu casas e matou famílias inteiras.Em São Paulo, a tragédia começou em forma de chuva forte, às 22h de segunda-feira. Madrugada adentro, deslizamentos causaram as três primeiras mortes. Na mesma noite, cinco pessoas morreram em São José dos Campos, no interior. Na quarta-feira, a cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo, amanheceu submersa. No mesmo dia, a chuva chegou à região serrana do Rio e a tragédia climática alcançou contornos mais dramáticos. Teresópolis, Nova Friburgo, Petrópolis, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto foram as cidades mais atingidas. Toneladas de terra, pedras gigantes e enxurradas de lama deslizaram morro abaixo, destruindo o que havia pela frente.Anteontem, dois dias depois do temporal, ainda faltavam luz, água e comida para a população. Havia 6.170 desabrigados e 8.420 desalojados em oito cidades atingidas. Em Teresópolis, onde morreram mais de 200 pessoas, parentes das vítimas abarrotavam o Instituto Médico Legal da cidade, tentando reconhecer familiares. Enterros eram realizados ao longo da madrugada e a imagem das centenas de covas recém-abertas oferecia um retrato da tragédia.A busca por sobreviventes continua, com o auxílio da Força Nacional de Segurança, que enviou 225 homens à região, para auxiliar nas buscas por vítimas e na manutenção da ordem pública. Mesmo assim, ainda há locais inacessíveis para as equipes de resgate.

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