Cidade de São Paulo deve passar para a fase verde de reabertura nesta sexta-feira

Nova fase representa um abrandamento das medidas de controle tomadas em razão da pandemia do novo coronavírus; capital está no amarelo desde o fim de junho

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Por Pedro Venceslau
Atualização:

A cidade de São Paulo deve passar para a fase verde da quarentena nesta sexta-feira, 9, quando o governo do Estado atualizará a situação de cada região de acordo com as regras do Plano São Paulo. A fase representa um maior abrandamento das medidas de controle e de restrição de circulação adotadas em razão da pandemia do novo coronavírus. A capital está na fase amarela desde o fim de junho. 

Mudança vai abrandar, em mais um grau,medidas restritivas adotadas pelo governo desde o início da pandemia Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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A alteração coincide com o início do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão. O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), é candidato à reeleição. A pandemia ocupará lugar de destaque na estreia de Covas no horário eleitoral, que abordará também o seu tratamento contra um câncer descoberto em outubro do ano passado. 

O Plano São Paulo foi a estratégia do governo do Estado de São Paulo para retomada da economia a partir de 1º de junho. A fase verde, a penúltima antes da azul, que é considerada o 'novo normal', permite a ampliação da capacidade de ocupação, em 60%, em atividades comerciais como shoppings, lojas de rua, bares, restaurantes, academias e setor de serviços. Esses serviços já estão reabertos na capital.  A autorização é dada pelo Estado, que define critérios para capacidade de ocupação e quanto tempo esses locais podem reabrir. Mas a decisão sobre horários e a forma como essa reabertura se dá cabe aos prefeitos. 

A classificação das regiões depende de variáveis como taxa de ocupação de leitos de UTI, a quantidade desses leitos por 100 mil habitantes e também leva em conta os números de casos e óbitos.

Com a chegada à fase verde, a capital paulista deve reabrir cinemas e outras atividades culturais. A autorização para a retomada dessas atividades culturais já havia sido dada pelo governo do Estado no começo de julho, para cidades há mais de 28 dias na fase amarela, mas a decisão cabe aos prefeitos. A capital paulista foi classificada na fase amarela no dia 26 de junho, mas Covas decidiu esperar a chegada à fase verde para a retomada desse setor. Os protocolos com as entidades que representam essas áreas foram assinados no dia 24 de setembro, a fim de garantir a reabertura assim que a cidade chegasse a esse estágio do Plano São Paulo e há grande expectativa no setor, como mostrou o Estadão. 

Pela regras divulgadas pela prefeitura, esses espaços poderão reabrir por oito horas diárias e operar com 60% da capacidade. O uso de máscaras é obrigatório em todos os ambientes. No caso dos cinemas, deve haver espaçamento entre as poltronas, para evitar aglomerações. O casal ou pessoas que convivam juntas poderão escolher assistir ao filme lado a lado, mas o grupo não pode ser superior a seis pessoas. Entre pessoas que não se conhecem, a recomendação é de um distanciamento de 1,5 metro. 

Todo o Estado de São Paulo está na fase amarela desde 11 de setembro. Por decisão do Centro de Contingência Contra a Covid-19, que é o órgão que determina as ações de combate à pandemia, as reclassificações passaram a ser mensais e a nova quarentena no Estado será anunciada nesta sexta-feira, em entrevista coletiva, marcada para 12h45, no Palácio dos Bandeirantes. Covas vai participar da entrevista e o compromisso consta na agenda do prefeito. 

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Na semana passada, Covas afirmou que a capital paulista vem apresentando um cenário de queda em óbitos da covid-19 há 18 semanas. Dados disponíveis no site da Fundação Seade mostram que a capital paulista tem 298.405 casos confirmados e 13.056 óbitos. O Estado tem nesta quinta-feira 36.884 óbitos e 1.022.404 casos confirmados do novo coronavírus.

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