10 de janeiro de 2015 | 19h25
ITAOCA - O prefeito de Itaoca, Rafael Camargo (PSD), reclama da lentidão dos governos. “Recebemos solidariedade e doações do Brasil todo, mas obras essenciais ainda não saíram.” Segundo ele, o terreno para a construção das casas foi desapropriado pelo município e cedido ao Estado em junho, mas a prefeitura barrou o projeto porque a CDHU licitou a construção de casas pré-moldadas. “Esse tipo de casa não é adequado para nosso clima de muita umidade.”
A ponte sobre o Rio Palmital, orçada em R$ 1,5 milhão, deveria ter sido concluída em 16 de dezembro. O prefeito pediu ainda equipes da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo (Codasp) para recuperar estradas rurais e não teve resposta. Camargo contou que o governo federal já pediu de volta R$ 400 mil da verba de R$ 2,4 milhões repassada emergencialmente.
O assessor da diretoria técnica da CDHU, Aguinaldo Quintana, disse que as moradias pré-moldadas já foram usadas em outros projetos do governo e não houve queixas. A reconstrução de pontes pelo governo estadual também depende da prefeitura, segundo o Estado. As pontes são metálicas e a contrapartida do município é a construção das cabeceiras – o prefeito alega que não tem recursos para isso.
Já a Codasp informou ter enviado na sexta-feira ao governo estadual projeto para recuperar dez quilômetros de estrada. Segundo o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), as obras de reconstrução da estrada que liga Itaoca à SP-250 serão iniciadas em março. Sobre a devolução dos R$ 400 mil, o Ministério da Integração Social disse que os recursos foram destinados para ações emergenciais, não podendo ser usados para outros fins. E o Ministério das Cidades informou que os projetos de duas pontes foram devolvidos porque os valores estavam fora dos parâmetros.
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