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Ciclovia da Faria Lima chegará ao Villa-Lobos

Em fase final de obras, faixa permanente vai ter agora 6 km de extensão; rota sairá do canteiro central da via e passará pela Praça Panamericana

Por Rodrigo Burgarelli
Atualização:

Em fase final de obras, a ciclovia da Avenida Brigadeiro Faria Lima será prolongada em 3,8 km e chegará ao Parque Villa-Lobos, na zona oeste. O anúncio foi feito ontem pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). No total, a ciclovia terá 6 km de extensão e será uma das mais longas da cidade.Ela seguirá pelo canteiro central da Avenida Faria Lima, passando pelo Largo da Batata e depois pela Avenida Pedroso de Moraes. Após atravessar a Praça Panamericana, continuará pela Avenida Professor Fonseca Rodrigues até o parque. A Prefeitura afirmou, porém, que ainda não há data de inauguração para todo o traçado, que já teve as obras iniciadas na última semana. Como a infraestrutura ainda precisa ser construída para que depois a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) pinte as faixas, a previsão é de que a ciclovia só seja inaugurada totalmente no ano que vem.Já o trajeto de 2,2 km de ciclovia que está em obras na Faria Lima está parcialmente concluído. O trecho entre as Avenidas Rebouças e Cidade Jardim, com cerca de 1,5 km, está concluído e ontem estava sendo usado por ciclistas. "Tem alguns trechos que já oferecerem segurança para a circulação, então não precisa ser proibido", disse Kassab. Ele ressaltou, porém, que deverá haver uma inauguração oficial. Segundo a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, as obras devem terminar até a segunda quinzena de novembro. O custo total, que inclui reforma de calçadas da avenida, é de R$ 10 milhões.A promessa de ciclovia na Avenida Brigadeiro Faria Lima data de 1995. O projeto total previa a ligação da Ceagesp, na Vila Leopoldina, zona oeste, até o Shopping Morumbi, na zona sul, passando pelo Parque do Ibirapuera e pela USP. O pequeno trecho, porém, acabou sendo invadido por pontos de ônibus e separado após obras no Largo da Batata.Rede. Segundo a Secretaria de Transportes, a cidade tem hoje 203,2 km de infraestrutura cicloviária. Os ciclistas contestam esse cálculo, afirmando que várias das ciclovias e ciclofaixas são contadas em dobro (a Prefeitura soma ida e volta) e o número contempla também as ciclofaixas de lazer, que só funcionam aos domingos. A Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade), por exemplo, calcula que São Paulo tem apenas 68,6 km de ciclovias e ciclofaixas, considerando as que estão dentro de parques, como o Ibirapuera. Além disso, há 54,5 km de ciclorrotas, que são ruas com velocidade menor para carros e sinalização sobre presença de bicicletas.

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