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Chuva causa estragos em 17 cidades de SP

Em Itápolis, córrego transbordou e inundou pelo menos 80 casas; moradora encontrou um tucunaré no meio da sala

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Por Redação
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Estragos causados pela chuva desde o fim de semana levaram 17 municípios do interior a acionar a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil até a tarde de ontem. Pelo menos 400 pessoas estão desabrigadas. Em Itápolis, o Córrego dos Papagaios transbordou e inundou cerca de 80 casas. Seis residências sofreram desabamento parcial e moradores foram removidos para uma escola municipal. Algumas casas ficaram com um metro de água - uma moradora achou um peixe tucunaré na sala.Duas casas foram danificadas pelo rompimento de uma galeria em Lins, na região de Bauru. Em Laranjal Paulista, seis famílias estão desabrigadas desde segunda-feira. Dezenas de casas foram inundadas pela enxurrada na Rua Treze de Maio, parte baixa da cidade. Em Santo Anastácio, na região de Presidente Prudente, a chuva destruiu ao menos seis estradas rurais e vicinais. Pontes e aterros foram arrancados. A Estrada Demétrio Antonio Zacarias (SP-029) continuava interditada ontem. No município de Flórida Paulista, três pontes foram destruídas. Em Oswaldo Cruz, na mesma região, cerca de 40 famílias tiveram de deixar suas casas, atingidas por alagamentos na Vila Esperança. Também voltou a chover ontem em Capivari, região de Piracicaba, onde cerca de 120 pessoas estão desabrigadas desde domingo em razão do transbordamento do Rio Capivari. Trinta casas foram afetadas e duas ruíram parcialmente. Voluntários. Quando o Rio Sorocaba começa a encher, no distrito de Americana, em Tatuí, a 145 km da capital, a dona de casa Marlene Aparecida Pires vai à casa de vizinhos avisar que está na hora de sair. Rapidamente, moradores pegam o essencial e se dirigem à escola, onde ficam até a água baixar. Um programa da Defesa Civil da cidade treinou moradores de áreas de risco para monitorarem enchentes. Além do distrito, quatro bairros participam do programa.De acordo com o coordenador João Batista Floriano, a ação já evitou prejuízos para os moradores em pelo menos duas enchentes. A voluntária Selma Longanezi, que passou a integrar o grupo depois de perder quase tudo em uma das cheias, acompanha a previsão do tempo e alerta moradores quando uma frente fria se aproxima. Em épocas secas, o grupo faz um trabalho de conscientização sobre coleta de lixo e outros cuidados ambientais. / JOSÉ MARIA TOMAZELA

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