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Chácara do Jockey, no Butantã, vai virar parque municipal

Anúncio será feito nesta quinta-feira pelo prefeito Fernando Haddad; área tem 169 mil metros quadrados

Foto do author Adriana Ferraz
Por Adriana Ferraz e Rafael Italiani
Atualização:

Atualizada às 20h29

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SÃO PAULO - A Chácara do Jockey, uma área verde de 169 mil m² localizada na região do Butantã, zona oeste de São Paulo, será transformada em parque municipal. O anúncio será feito na tarde desta quinta-feira, 17, pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que deve pagar R$ 64 milhões pela desapropriação do terreno - utilizado atualmente como escolinha de futebol e palco para shows.

Dono do espaço, o Jockey Club de São Paulo aceitou negociar o valor em troca de um abatimento na dívida do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) que mantém com a Prefeitura. O orçamento foi aprovado em reunião realizada nesta terça-feira, 15, na Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente. Mas, de acordo com o Jockey, o valor ainda pode ser alterado.

Chácara do Jockey Clube Foto: José Patrício/Estadão

O futuro parque tem área superior ao da Aclimação, na zona sul. Localizado na Avenida Professor Francisco Morato, já serviu como apoio no treinamento de cavalos e jóqueis quando o turfe na capital atingiu seu ápice, nos anos de 1970. Desde 2005, no entanto, somente o clube de futebol Pequeninos do Jockey funciona oficialmente no espaço.

A decisão de abrir a área à população vem de encontro ao desejo da população local, que já promoveu manifestações e abaixo-assinado pela instalação do parque. Na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), o terreno chegou a ser considerado de interesse público, mas o decreto que permitiria a desapropriação expirou sem que a Prefeitura fizesse uma proposta formal por ele. Um perfil no Facebook também foi criado pelos vizinhos da Chácara Jockey com o objetivo de pressionar a Prefeitura e a Câmara Municipal a dar uso público ao espaço.

Além de abater a dívida, o Jockey espera que a Prefeitura também possibilite a permanência da escolinha de futebol infantil na chácara. O trabalho com as crianças teve início em 1969. A definição sobre o destino do terreno impede as diversas propostas de utilização do lugar para a construção de um condomínio vertical. Em 2010, um projeto chegou a ser apresentado, mas acabou barrado pela Justiça.

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