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CET testa Zona Azul eletrônica nos Jardins e na Cidade Jardim

Prefeitura pretende expandir compra eletrônica para toda a cidade até o fim do ano que vem

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Por Redação
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A partir desta segunda-feira, 8, motoristas que estacionarem seus carros em ruas dos bairros Cidade Jardim e Jardins poderão comprar créditos de Zona Azul pelo celular. Duas tecnologias diferentes serão testadas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) durante seis meses em 3.072 vagas da região - elas representam 10% do total de vagas do sistema. A Prefeitura pretende expandir a compra eletrônica para toda a cidade até o fim do ano que vem. Veja também: Novas regras de estacionamento nas zonas sul e oeste    A idéia é que os usuários tenham à disposição alternativas ao talão de papel, que não deixará de existir. Cada uma das duas tecnologias será testada em bairros diferentes. Nas 23 ruas de Cidade Jardim, onde estão concentradas 1.056 vagas, o sistema é mais simples. O motorista liga para um telefone fixo, faz um cadastramento, fornecendo CPF e dados do cartão de crédito, e compra por R$ 18 o equivalente a 20 créditos de Zona Azul. Para gastá-los, basta ligar para o mesmo telefone e informar o código da vaga. A contagem de créditos é feita a cada 30 minutos até o término das duas horas limite ou até o motorista ligar informando que deixará o local. Já para estacionar numa das 2.016 vagas oferecidas nos Jardins o motorista terá de instalar um aplicativo no celular. Isso poderá ser feito enviando uma mensagem SMS para a empresa responsável pelo sistema ou baixando o programa na internet. A partir daí, a compra de créditos é parecida com a utilizada no sistema pré-pago de telefonia móvel. O motorista tem de adquirir um cartão de recarga e digitar no celular o código de série. O cartão com R$ 20 créditos, para dez horas de uso, também custa R$ 18. O número da placa do veículo e da vaga são digitados no próprio aplicativo e enviados automaticamente para o sistema. Testes desde 2006 A Zona Azul eletrônica vem sendo testada em São Paulo desde 2006. Na época, a Prefeitura convocou empresas interessadas em desenvolver tecnologias para que apresentassem propostas de implantação. Cerca de 40 fizeram o credenciamento, mas apenas três conseguiram criar sistemas que pudessem ser aplicados na capital. O primeiro e mais simples deles entrou em operação há dois anos nas 572 vagas da Praça Charles Miller, no Pacaembu. Depois, foi ampliado para o Largo do Arouche e Aeroporto de Congonhas. Nesse caso, o motorista compra os créditos num posto credenciado e a venda é feita de forma eletrônica, com o cadastro da placa. "Esses são projetos pilotos que podem evoluir para a compra pela web e outras formas de pagamento. É o usuário que vai testar a eficiência da tecnologia", disse Celso Buendía, gerente de estacionamento da CET. A fiscalização continuará sendo feita por marronzinhos. Ao digitar num celular a placa do veículo estacionado, eles receberão da central da companhia os dados necessários para fazer ou não a autuação. Em outubro deste ano, a companhia arrecadou uma quantia recorde com a venda de talões de Zona Azul: R$ 4 milhões. Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, a empresa informa que a "eficiência da arrecadação significa mais disponibilidade de estacionamento decorrente do respeito à regulamentação." Cada folha vale por uma hora de estacionamento e custa R$ 1,80. O veículo pode ficar na vaga por no máximo duas horas. Controle eletrônico O controle eletrônico da Zona Azul permitirá que a Prefeitura monitore a movimentação de veículos em boa parte das 33 mil vagas distribuídas pela cidade. Com isso, será possível planejar o corte e a ampliação do sistema de estacionamento. Nos últimos dois anos, foram criadas cerca de 2 mil novas vagas. Mas centenas também deixaram de existir, principalmente em locais onde o trânsito é complicado. Em julho deste ano, na mesma região em que está sendo implantada a compra de créditos por celular, a Prefeitura acabou com 500 vagas de Zona Azul e proibiu o estacionamento em período integral em 15 vias. Das 1.902 vagas de Zona Azul existentes nos Jardins, 636 foram desativadas e outras 123 criadas. Dois meses antes, a CET havia proibido o estacionamento no lado par da Rua Bela Cintra, entre a Rua Estados Unidos e a Alameda Jaú. "Com o meio eletrônico vamos enxergar qual a ocupação do sistema, demonstrar locais disponíveis e outros que estejam com problemas", afirmou o gerente de estacionamento da companhia, Celso Buendía. Guinchos Este ano, para tornar mais rigorosa a fiscalização de veículos estacionados em local proibido, o município contratou uma empresa terceirizada para prestar serviços de guinchamento. Atualmente, 38 guinchos estão à disposição da CET. Desde o fim de 2004, o serviço estava paralisado por conta de um contrato que não foi renovado. Por conta disso, os marronzinhos apenas multavam os motoristas, descumprindo o código de trânsito. A Zona Azul eletrônica que está sendo testada em São Paulo é, segundo Buendía, uma iniciativa pioneira no mundo. No Brasil, um sistema parecido está sendo desenvolvido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Lá, os créditos de estacionamento também serão comprados por celular. "Há experiências semelhantes na França, Inglaterra, Alemanha e Áustria", disse Luis Alberto Richter, responsável pela implantação em Porto Alegre. Outra experiência de controle eletrônico de vagas de estacionamento é realizada desde 1998 em dez cidades do interior de São Paulo. Nos parquímetros eletrônicos, o usuário dirige-se ao equipamento mais próximo e efetua pagamento de acordo com o tempo que pretende ficar estacionado, com moedas ou por um cartão recarregável. (Com informações de Naiana Oscar, do Jornal da Tarde, e Vitor Hugo Brandalise, de O Estado de S. Paulo.)

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