Centro de SP fica repleto de moradores de rua na madrugada mais fria do ano

Moradores de rua relatam não terem visto agentes da Secretaria Municipal de Assistência social

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Por Pedro da Rocha
Atualização:

SÃO PAULO - Na madrugada mais fria do ano - Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) registrou 2.3ºC no termômetro de Parelheiros - moradores de rua dormiam, nesta terça-feira, 28, em grupos, pelas calçadas das imediações do Pátio do Colégio, na região central da cidade.

 

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A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) decretou, na noite de segunda-feira, 27, situação de atenção em São Paulo, em razão das baixas temperaturas. O motivo seria justamente a preocupação com a população que mora nas ruas.

 

Um morador de rua, de 29 anos, que não quis se identificar, tentava dormir, próximo a cerca de 15 pessoas, na calçada, em frente a um prédio abandonado na região central de São Paulo. Ele disse não ter visto nenhum agente da Secretaria Municipal de Assistência Social durante a madrugada. Contou ainda que "muitos moradores preferem ficar nas ruas (ao invés de irem para abrigos da prefeitura), onde temos a possibilidade de receber doações de cobertores e alimentos de voluntários."

 

Atrás do Mercado Municipal, na Rua da Cantareira, três moradores de rua - de 32, 21 e 12 anos -, que também não quiseram se identificar, fizeram uma fogueira para se aquecer. Um deles comia algumas frutas recolhidas na feira que acontece perto dali. Eles contaram que não gostam de ir para os abrigos em razão do horário restrito de entrada e saída. Também relataram não terem visto nenhum agente da Prefeitura.

 

Procurada pela reportagem na manhã desta terça, a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Assistência Social informou que ainda iria recolher informações sobre o trabalho realizado pelos agentes durante a madrugada.

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