CCJ aprova isenção de R$ 420 mi ao Itaquerão; projeto vai ao plenário

Base do prefeito Gilberto Kassab deve atropelar pouca oposição que restou à proposta

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Por Diego Zanchetta - O Estado de S. Paulo
Atualização:

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal aprovou na tarde desta quarta-feira o projeto que dá isenção de R$ 420 milhões ao Corinthians para a construção do Estádio Itaquerão, na zona leste de São Paulo. Agora, a proposta vai ao plenário ainda nesta quarta e deve ser votada em primeira discussão com o apoio de 45 dos 55 vereadores.

 

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O prefeito Gilberto Kassab (sem partido) ordenou que ninguém da base governista deixe o plenário no momento da votação. A segunda votação do projeto deve ocorrer até sexta-feira. Caso contrário, já estão marcadas sessões extraordinárias extras do dia 1.º ao dia 10, com a suspensão do início do recesso. Como a maior parte dos vereadores e funcionários entrariam em férias a partir de sexta, a pressão pela votação da proposta deve ser ainda maior.

 

"Vou incluir uma alteração para tentar garantir que todo esse investimento seja realmente revertido para a zona leste, porque até agora nem o secretário Marcos Cintra (Desenvolvimento Econômico) conseguiu nos garantir", argumentou Amadeu ao Estado.

 

Os votos contrários já confirmados ao projeto de isenção fiscal são dos parlamentares Aurélio Miguel (PR), Claudio Fonseca (PPS), Milton Ferreira (PPS), Marco Aurélio Cunha (sem partido), Chico Macena (PT), Sandra Tadeu (DEM) e Antonio Carlos Rodrigues (PR). Estão indecisos os vereadores Donato (PT) e o próprio Amadeu. Mas a tendência é de que a base de Kassab atropele a pouca oposição que restou ao projeto.

 

A votação do projeto de benesses ao clube ocorre um dia após um grupo uniformizado da torcida corintiana pressionar os vereadores contrários ao projeto em seus gabinetes. O presidente corintiano Andrés Sanchez também disse que, caso a garantia financeira da isenção não seja enviada à Fifa até o dia 10 de julho, São Paulo não poderá ser sede da abertura da Copa de 2014, o que aumentou a pressão sobre o Legislativo paulistano

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