27 de janeiro de 2012 | 03h08
"Não tenho como trabalhar, minhas ferramentas estão no entulho. Vim procurar minha gata", disse o pedreiro Aguinaldo de Andrade. Enquanto conversava com a reportagem, ele reencontrou seu bicho. Agora, Andrade vai para casa de parentes.
A aposentada Cecília Moreira, moradora do bairro em frente ao terreno, disse que aproveitou para "recolher as plantinhas que os moradores deixaram". Catadores questionados pela reportagem disseram que recolhem bens para parentes e amigos.
Para evitar saques, há quem tenha preferido destruir a casa. Joana Martins, de 22 anos, incendiou o barraco onde morava com a irmã e a filha. "Vou pegar fio de cobre e fazer dinheiro."
A Polícia Militar afirmou ontem em nota que a operação ocorreu "dentro da legalidade e com o respeito incondicional aos direitos humanos". O governo do Estado e a prefeitura firmaram convênio para dar auxílio-moradia às famílias. O Estado anunciou 5 mil moradias na cidade. / GERSON MONTEIRO, ESPECIAL PARA O ESTADO
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