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Caso Bruno: Macarrão não assumirá culpa

Segundo advogado, amigo de goleiro descartou hipótese de responder por assassinato de Eliza

Por ALINE RESKALLA e BELO HORIZONTE
Atualização:

A defesa de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, descartou ontem a possibilidade de seu cliente assumir sozinho a responsabilidade pela morte de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Essa estratégia dos defensores do ex-jogador do Flamengo ganhou força após publicação, no fim de semana, de uma carta escrita pelo atleta para Macarrão, na qual ele recomenda ao amigo usar o "plano B". De acordo com a revista Veja, o plano A seria negar o crime e o B, que Macarrão admitisse ser o mandante do crime, livrando Bruno. O advogado Leonardo Diniz disse que Macarrão vai negar participação no desaparecimento e assassinato da modelo. Os dois amigos estão presos há dois anos na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, acusados de envolvimento no sequestro e morte de Eliza. Os advogados de Bruno, Rui Pimenta e Francisco Sinim, insistem na tese de que a carta escrita há cerca de um ano pelo goleiro tinha o único propósito de colocar fim à amizade entre os dois, depois de ele ter descoberto o suposto envolvimento de Macarrão no assassinato da modelo, que tem um filho com Bruno e está desaparecida desde 2010.Inicialmente, Rui Pimenta chegou a dizer que o atleta tinha um relacionamento amoroso com Luiz Henrique Romão e afirmou que a carta revelava claramente sua intenção de terminar essa relação homossexual. Na segunda-feira, porém, o goleiro negou essa versão ao receber a visita de Sinim e de Pimenta na prisão, mas admitiu ter escrito o texto. Prova. A acusação vai pedir que a carta de Bruno para Macarrão seja anexada ao processo como prova do envolvimento dos dois no crime. Bruno, o primo dele Sérgio Rosa Sales e Macarrão foram pronunciados por homicídio, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é acusado de ter executado de Eliza.

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