Casal é preso com oxi e arma de uso restrito na zona sul de SP

Nova droga é versão mais forte do crack, feita a base de cocaína, cal virgem, querosene ou gasolina

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Por Ricardo Valota
Atualização:

SÃO PAULO - Um casal de namorados foi detido na noite desta quinta-feira, na região do Campo Limpo, zona sul da capital paulista, com várias drogas, entre elas o oxi - uma versão mais forte e potencialmente letal do crack - e uma pistola 9 mm, calibre de uso exclusivo das Forças Armadas.

 

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Em patrulhamento, PMs abordaram o casal na rua Cardoso Moreira, no Jardim Olinda, e vistoriaram uma bolsa da mulher, que estava em poder do namorado.

 

Além da arma, a dupla carregava 199 cápsulas plásticas contendo cocaína, 50 trouxinhas de maconha e um tijolo de meio quilo de oxi. A droga chegou recentemente a São Paulo, feita a base de pasta de cocaína, cal virgem, querosene ou gasolina, e já circula pela região conhecida como cracolândia, no centro da capital.

 

O entorpecente é vendido a um preço médio de R$ 2 - mais barato que o crack, cuja pedra sai por R$ 8 e até R$ 10. O caso foi registrado no 37º Distrito Policial, do Campo Limpo.

 

Comparação. A diferença do oxi para o crack está na composição. Para transformar o pó da cocaína em pedra de crack, usa-se o bicarbonato de sódio e o amoníaco. Já o oxi, com o objetivo de baratear os custos - e atingir um número maior de usuários -, leva querosene e cal virgem, substâncias corrosivas e extremamente tóxicas.

 

Oxi chegou ao País há cerca de 6 anos pelo Acre e pelo Amazonas, nas regiões das fronteiras com Bolívia e Colômbia. Já há registro de mortes no Piauí.

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