
24 de março de 2012 | 03h06
Com base nos novos indícios, as teses de vingança e magia negra - o corpo foi encontrado na Estrada Santa Inês, em um local conhecido como Pedra da Macumba -, passaram a ser tratadas de forma secundária. As investigações tomaram novo rumo, para suicídio, há 15 dias, quando o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) assumiu o caso.
"Fomos atrás do registro da ligação feita à Polícia Militar. Isso é rotina, sempre que iniciamos uma investigação ouvimos as pessoas que relataram o fato. É uma providência básica e esse casal ainda não tinha prestado depoimento", disse Jorge Carrasco, delegado do DHPP.
Anteriormente, quando o caso era apurado pela delegacia de Mairiporã, somente homicídio era cogitado, baseado em uma perícia que apontou um corte no pescoço como a causa da morte da dona de casa. Por dois meses, a delegada Cláudia Patrícia Dalvia ouviu parentes, amigos e até um pai de santo para tentar esclarecer a morte. Mas não convocou o casal que acionou a polícia.
"Fiz o possível, mas não recebi essa informação (a presença dos cães ao lado do corpo). Agora, não respondo mais pela investigação", disse a delegada.
A morte da dona de casa virou um mistério para a polícia por uma série de aspectos ainda não respondidos. Além de estar com o rosto desfigurado, Geralda foi até a Pedra da Macumba dirigindo. O carro estava aberto, ao lado do corpo e com a chave no contato quando a polícia chegou. No interior do veículo, foi encontrada uma garrafa com um líquido branco.
Perícia feita no computador de Geralda ainda revelou que ela havia feito pesquisas sobre chumbinho e assistido a vídeos sobre mortes violentas. A dona de casa tinha histórico de depressão e havia suspendido o tratamento pouco tempo antes de morrer.
Segundo a polícia, as novas provas ajudam a decifrar o caso, mas nenhuma hipótese é descartada.
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