Casa Guilherme de Almeida lança livro e curta em memória da Revolução de 32

Obra '1932 - São Paulo em Chamas' rememora a história da luta contra a ditadura de Getúlio Vargas, da qual Guilherme de Almeida participou como combatente no município de Cunha

PUBLICIDADE

Por José Maria Mayrink
Atualização:
O museólogo Ivanei Silva mostra fuzil e capacete que o escritor Guilherme de Almeida usouna Revolução de 32 quando ele combatia na cidade de Cunha Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

A Casa Guilherme de Almeida, que preserva num “pequeno-grande museu” a memória do poeta paulista, como diz seu diretor, Marcelo Tapia, vai comemorar às 19 horas desta terça-feira, 10, os 86 anos da Revolução Constitucionalista com o lançamento do livro 1932 – SãoPaulo em Chamas e a projeção do curta-metragem SP32, de Cássio Martin.

PUBLICIDADE

De autoria do jornalista Luiz Octávio de Lima, o livro rememora a história da luta contra a ditadura de Getúlio Vargas, da qual Guilherme de Almeida participou como combatente no município de Cunha e como editor do Jornal das Trincheiras, a partir do segundo de seus 13 números.

+++ Famílias imortalizam os heróis de 1932

Montado na casa em que Guilherme de Almeida viveu com sua mulher, Baby de Almeida, na Rua Macapá, 187, no Pacaembu, zona oeste de São Paulo, o museu conserva a mobília, livros quadros, fotografias, jornais, máquinas de escrever e documentos da época, tudo original, conforme informações do museólogo Ivanei Silva, responsável pelo acervo. Nas paredes, retratos de Baby e de Guilherme de Almeida pintados por Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Lasar Segall.

+++ ‘Trincheiras foram a pia batismal da democracia’, afirma poeta sobre Revolução de 32

Entre os objetos ligados à Revolução de 1932, estãoo fuzil, uma granadae o capacete usados pelo Príncipe dos Poetas Brasileiros na trincheira de Cunha, onde lutou durante um mês. “Uma das peças mais importantes é um mapa colorido das frentes de batalha”, disse o museólogo. Os originais do Jornal das Trincheiras são guardados em caixas e só podem ser manipulados pelos monitores.

Detalhes da Casa Guilherme de Almeida, que traz lembranças da Revolução de 32 Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

O acervo tem ainda exemplares do Estado com notícias da guerra. Guilherme de Almeida foi colaborador do jornal e assinou uma coluna sobre cinema. Uma das páginas reproduz uma crítica do filme Cidadão Kane, publicada em 21 de setembro de 1941.

Publicidade

+++ Artigo: A atualidade da Revolução de 1932

A Casa Guilherme de Almeida (telefone 3672-1391), Pacaembu, pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10 horas às 18 horas. A entrada é gratuita.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.