Carro, moto e até skate movidos a eletricidade

Veículos a bateria começam a ganhar as ruas: não exigem esforço e usam energia limpa

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Por VALÉRIA FRANÇA
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Hoje, Dia Mundial Sem Carro, várias cidades do mundo organizam manifestações em defesa da qualidade de vida no planeta. Em São Paulo, muitos paulistanos já investem em transportes alternativos. Carro, moto e skate movidos a eletricidade ganharam a preferência de paulistanos que não querem abrir mão do conforto nem poluir o meio ambiente.A lojista Simone Alcântara, de 39 anos, comprou recentemente uma miniscooter, a Prima Elétrica 500, da Kasinski, cor-de-rosa. Apesar de ter um Pajero, sempre que pode sai de moto. "Minha maior aventura foi no dia em que comprei a scooter", conta Simone. "Saí da loja, que fica na Avenida Bandeirantes, em Moema (zona sul de São Paulo), e dirigi até Diadema (no ABC), onde moro. Era sábado. E até que não passei tanto apuro como imaginava. Todo mundo respeitou."A moto chega à velocidade máxima de 35 km/h e tem autonomia de 40 km. Custa R$ 2.990. A marca tem uma versão mais potente, a Win Electra, que chega a 60 km/h e roda 80 km sem ter de recarregar. Sai por R$ 4.990.Para quem gosta de mais emoção, a BMW desenvolveu uma potente scooter ecológica, a C Evolution, que chega a 120 km/h. Tem freios ABS e um sistema regenerativo de energia, que transforma frenagens e desacelerações em carga para a bateria. Lançado em Londres, no mês passado, o modelo ainda não desembarcou no Brasil.Skate. O publicitário Pedro Sampaio, de 24 anos, optou por um skate elétrico. "Adoro o convencional, mas o elétrico não cansa. Parece até que estou praticando snowboard, vou só manobrando, e apertando na mão a pistola de aceleração." Pedro costuma circular só pelos Jardins, na zona sul, para visitar amigos ou ir a bares da região. "O trânsito em São Paulo é muito intenso. Não dá para andar em ruas e avenidas muito movimentadas." Há vários tipos de skate elétrico. O Fiik, por exemplo, tem pneus off-road, que se adaptam a qualquer terreno. Alcança quase a mesma velocidade da scooter da Simone - 30 km/h. Sai por US$ 1,6 mil. Já o nacional SK8 Tronic, da DropBoards, alcança 40 km/h (R$ 2.990). Carro. Nos últimos quatro anos, foram emplacados 70 carros a bateria no Brasil. Muitas marcas - como Fiat, Nissan e Mitsubishi - apostam nessa tecnologia, que já é realidade, mas ainda não chegou a um preço viável de mercado. O Palio Weekend elétrico da Fiat, que começou a ser fabricado em 2008, sai por R$ 190 mil, mais que o triplo de um a gasolina. "Produzimos 50 até agora", diz Leonardo Cavaliere, supervisor do projeto Veículo Elétrico Fiat Itaipu. O carro chega a 120 km/h e tem autonomia de 60 km. "O grande problema ainda é a bateria, que custa US$ 8 mil", explica o engenheiro cearense Elifas Gurgel, de 58 anos, do Clube do Carro Elétrico, que transformou um Gol a gasolina em elétrico. "O meu demora oito horas para recarregar. À noite ligo na tomada e vou dormir." ONDE: KASINSKI: 0800-559044; FIIK: FIIKSKATEBOARDS.COM; DROPBOARDS: DROPBOARDS.COM.BR ou TEL.: (11) 3586-3767; CLUBE DO CARRO ELÉTRICO: WWW.CLUBEDOCARROELETRICO.COM.BR

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