Carro bate em viatura da CET horas após aumento da velocidade

Motorista, que aparentava estar embriagado, fugiu; veículo se chocou contra muro e, em seguida, na traseira do automóvel na Marginal - não houve vítimas

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Um carro em alta velocidade bateu em um veículo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na Marginal Pinheiros, sentido Rodovia Castelo Branco, na pista expressa, perto da Ponte Cidade Jardim, na madrugada desta quarta-feira, 25. Segundo informações da Polícia Militar, o motorista "aparentava estar embriagado", fugiu do local e só voltou para buscar o carro mais tarde. O acidente aconteceu poucas horas após a mudança das velocidades máximas nas Marginais.

Durante a madrugada, funcionários trocaram as placas com as indicações de velocidade máxima permitida na Marginal do Pinheiros, na altura da Ponte João Dias, sentido Interlagos Foto: Alex Silva/Estadão

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Segundo a CET, o veículo bateu em uma mureta e, em seguida, atingiu a traseira da viatura. Os agentes acompanhavam equipe de sinalização na via para implementação do programa Marginal Segura que tem, como principal medida, o retorno às velocidades de até 90 km/h nas vias. 

A companhia apurou que o veículo estaria, em média, a 76 km/h no momento do acidente. A velocidade foi apurada em dois radares: no km 14, à 01h18, o homem estava a 80 km/h. Um minuto depois, no km 12, a 74 km/h. Ambas as velocidades estão acima da permitida antes da mudança (70km/h).A colisão ocorreu por volta de 1h30.

Mudanças. Começam a valer nesta quarta-feira, 25, aniversário da cidade, os novos limites de velocidade das Marginais do Tietê e do Pinheiros. Após obter aval da Justiça, o prefeito João Doria (PSDB) cumpre promessa de campanha e eleva para até 90 km/h o máximo permitido nas pistas expressas. Nas centrais da Tietê, os motoristas podem agora trafegar a até 70 km/h e nas locais, com exceção da faixa mais à direita que permanece a 50 km/h, o limite volta a ser de 60 km/h. Os radares já foram ajustados.

A mudança anunciada desde o ano passado só foi possível após a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva, da 13.ª Câmara de Direito Público, derrubar nesta terça-feira, 24, decisão liminar que suspendia as mudanças a pedido da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade). Em sua decisão, Flora afirma que “a segurança no trânsito não deriva exclusivamente da velocidade imposta para circulação de veículos em vias marginais, mas também e, essencialmente, da educação de seus usuários, bem como da fiscalização exercida pelo poder público”.