Carrinho fashion invade ruas de SP

Com a restrição às sacolas plásticas nos supermercados, eles voltaram repaginados como opção para ir às compras

PUBLICIDADE

Por Artur Rodrigues e VALÉRIA FRANÇA
Atualização:

A designer coreana Nuri Choo, de 28 anos, costuma ir às compras com um carrinho fashion de tecido florido impermeável. E, desde quarta-feira, quando a distribuição de sacolas plásticas foi suspensa nos supermercados de São Paulo, Nuri não sai sem ele. Evolução dos antigos modelos que as avós costumavam usar na feira, o novo acessório está ganhando as ruas. A iniciativa de tirar as sacolas dos caixas é fruto de um acordo entre a Associação Paulista dos Supermercados (Apas) e o governo do Estado de São Paulo. "Já estou acostumada. Na Coreia, na China e na Europa já funciona assim", disse Nuri, que comprou seu primeiro carrinho em Nova York. Ela tem três. Na esteira da preocupação ecológica, a moda chegou antes à Europa. Os carrinhos foram destaque na coleção de Jean Paul Gaultier de 2011, que colocou na passarela um com estampa de bicho e detalhes em pelo. Há modelo para todo tipo de consumidor, do mais básico, todo preto, ao mais espalhafatoso. Com know-how internacional, a marca espanhola Rolser é uma das grandes fornecedoras do mercado nacional. Seus carrinhos têm chassi de alumínio e rodas de E.V.A. expandido - material fino e leve, que amortece o peso, segundo o fabricante. "Se você coloca 30 quilos, a impressão é de estar puxando no máximo 10", disse Liège Fuentes, representante da marca. Em cima dessa estrutura, a marca oferece uma centena de variações. Há até modelo com bolso térmico. Mas a novidade é o carrinho com estrutura retrátil e dobrável, que vira uma sacola com alça rígida. As rodas deslizam para dentro da estrutura. Os preços da Rolser variam de R$ 198 a R$ 350. Quem não quer investir tanto encontra opções mais populares, a R$ 50, nas lojas da Rua 25 de Março, no centro de São Paulo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.