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Sem patrocínio, carnaval fora de época de SP é cancelado pela Prefeitura

Prefeito de São Paulo reafirma que não vai investir recursos públicos no ‘esquenta’, agendado para 16 e 17 de julho

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Por Priscila Mengue
Atualização:

O edital de patrocínio do carnaval de rua fora de época da cidade de São Paulo não atraiu interessados pela segunda vez nesta quinta-feira, 7. Como já havia sinalizado na semana passada, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) voltou a declarar nesta manhã que a gestão não utilizará recursos públicos no evento, marcado para 16 e 17 de julho. Pela tarde, a gestão informou que o chamado Esquenta de Carnaval está definitivamente cancelado.

A jornalistas, Nunes havia dito que a única alternativa para a manutenção seria a destinação de verbas por meio de emendas de vereadores. Ele também destacou que o carnaval de rua de fevereiro está "garantido", “independentemente de qualquer situação” (de patrocínio, excluindo questões sanitárias eventuais). Pela indefinição e outras motivações, parte dos blocos inscritos já havia desistido de desfilar.

Desfile de bloco no último carnaval de rua oficial de São Paulo, em 2020 Foto: Carla Carniel/Estadão

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"A Secretaria Municipal de Cultura será a organizadora do Carnaval 2023 e irá formar uma comissão representativa com os blocos de rua para que, no próximo ano, o evento seja o maior e melhor Carnaval de Rua da história", apontou em nota. 

O evento havia sido anunciado pela gestão em abril, após reivindicações de blocos de rua para desfilarem no mesmo período das escolas de samba, no feriado prolongado de Tiradentes. Reuniões chegaram a ser realizadas com representantes de agremiações paulistanas. Ao todo, 216 blocos foram selecionados a partir de um edital. Entre os inscritos, estavam alguns dos principais blocos que desfilam na cidade, como Agrada Gregos, Bangalafumenga, Lua Vai, Jegue Elétrico, Galo da Madrugada e Minhoqueens. 

Em 2022, a cidade de São Paulo não teve um carnaval de rua oficial. O evento marcado para fevereiro foi cancelado por razões sanitárias, com a suspensão do patrocínio de R$ 23 milhões que seria pago por uma empresa ligada à Ambev. No Esquenta de Carnaval, o valor mínimo estipulado para patrocínio foi de R$ 10 milhões, na primeira publicação, e R$ 6 milhões, na segunda tentativa.

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