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Capital tem 185 relógios de rua desligados

Prefeitura aguarda rede da Eletropaulo; empresa promete colocar 350 aparelhos em operação até o dia 31 deste mês

Foto do author Adriana Ferraz
Por Adriana Ferraz e Diego Zanchetta
Atualização:

Quase um ano após a Prefeitura anunciar a instalação de 1.000 relógios nas ruas de São Paulo,185 deles seguem desligados e sem publicidade. É possível ver aparelhos à espera de anúncio, sem informar horário ou qualidade do ar, em áreas de bairros nobres ao longo das Avenidas Faria Lima e Rebouças, na zona sul, e nas alças de acesso das Marginais do Tietê e do Pinheiros.O governo municipal diz que os relógios desligados aguardam ligação de energia da Eletropaulo. O consórcio A Hora de São Paulo, liderado pelos franceses da JCDecaux, responde pela administração e pela manutenção. A Eletropaulo diz que o número de relógios desligados é bem maior - são 350 - e vai colocar todos em funcionamento até o dia 31 deste mês.Os franceses informaram que estão realizando as últimas ligações em conjunto com a fornecedora de energia. "É justamente nesta fase final que restam os casos mais complexos." Eles argumentam que "as empresas estão comprometidas em conectar toda a rede o mais rápido possível". A JCDecaux diz ainda que "até que estas questões sejam totalmente solucionadas, os relógios não exibirão publicidade, mas apenas cartazes informando sobre o retorno ou chegada deste serviço às diferentes regiões".Desde o ano passado, bases com totens foram espalhadas por toda a cidade para a instalação dos aparelhos. Ao todo foram colocados 100 aparelhos na região central e 850 nas quatro regiões de São Paulo - a zona sul, com 300 relógios, tem o maior número. A perfuração das calçadas para a colocação dos totens chegou a deixar buracos abertos em várias ruas e avenidas da capital.Agora o problema é a falta de funcionamento dos relógios. Até na frente do Shopping Iguatemi, na Avenida Faria Lima, um deles continua desligado. "Faz quase um ano que fizeram o buraco aí, colocaram ele e nada de funcionar", conta o taxista Roberto Camaso, de 52 anos, que trabalha na Faria Lima. Ao longo da Avenida Rebouças também é possível ver aparelhos desligados.Marginais. A maior parte dos relógios instalada nas alças de acesso das Marginais também está desligada, sem informar horário ou qualidade do ar, conforme prevê o contrato de concessão. Questionada se havia falta de interesse de anunciantes, a JCDecaux informou que dados de clientes e comercialização de anúncios são mantidos sob sigilo pelo consórcio.

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