
17 de agosto de 2014 | 02h04
Ontem, ele também corria no câmpus no momento do acidente e chegou a ver a ex-aluna e amiga ser socorrida pelos paramédicos. "Cheguei lá cerca de dez minutos depois do atropelamento. Vi o resgate deles. Foi uma fatalidade. O cara estava bêbado e poderia ter atropelado qualquer um, dentro ou fora da USP." Segundo Bernardi, a rua costuma ser dividida em três: para uso dos corredores, de ciclistas e dos carros. Mas não há sinalização específica.
Também testemunha do acidente, o engenheiro Daniel Lacerda Pagnozzi, de 32 anos, que corre no câmpus, defende que sejam utilizados cones ou outras barreiras para delimitar o espaço de pedestres e carros na Cidade Universitária nos fins de semana. "Os corredores já ficam na faixa da direita, próximos da calçada, mas não há uma separação física. Sei que as assessorias de corrida que atuam no câmpus já conversaram com a USP pedindo isso, mas nunca foi feito", diz. "Não é o primeiro atropelamento que acontece dentro da Cidade Universitária. Espero que, agora, a universidade reveja essa situação."
A corredora Giselli Souza, de 34 anos, que também chegou logo depois do acidente, conta que corre desde 2012 na USP com um grupo de amigas - do qual fazem parte Eloísa e Anelive Torres, ambas atingidas no acidente. Elas se reúnem todos os sábados pela manhã. "Como não há muitas opções em São Paulo, a USP acaba sendo o melhor local, por não ser lotado", diz ela, responsável pelo blog Divas que Correm. Apesar da preferência, Giselli aponta problemas. "Não há policiamento nem fiscalização. Mais cedo ou mais tarde, aconteceria uma tragédia dessas." / A.F., F.C, L.M. e P.S.
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