Campanha com apelo emocional tenta reduzir mortes no trânsito

Cenas mostram pessoas comuns numa projeção do que vai acontecer com suas vidas em razão de acidentes

PUBLICIDADE

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:
Primeiro vídeo mostra depoimento de uma menina sobre um 'futuro' acidente Foto: DIVULGACAO

SOROCABA - "Esse é meu pai e ele vai me matar quando eu fizer 16 anos. É que ele gosta de correr na estrada. Minha mãe nunca vai perdoar ele." O depoimento dramático de uma garotinha estreia, a partir desta sexta-feira, 11, uma campanha na televisão sobre a segurança no trânsito no Estado de São Paulo. Os onze vídeos serão exibidos também nos meios digitais e o público poderá interagir ao conteúdo com forte apelo emocional.

PUBLICIDADE

A campanha é da Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), junto com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e o Movimento Paulista de Segurança no Trânsito. As cenas mostram pessoas comuns numa projeção do que vai acontecer com suas vidas em razão de acidentes no trânsito da cidade ou nas rodovias. 

"Ou a gente muda de atitude ou vira estatística" é o slogan da campanha. Os vídeos revelam que 94% dos acidentes são causados por falha humana e sugere mudança de atitude de motoristas, passageiros, motociclistas e pedestres para não "virar estatística".

Os filmes contêm cenas reais e relatos singelos de pessoas comuns que preveem o que vai acontecer com elas no futuro em função do próprio comportamento ou de familiares e amigos no trânsito. Num deles, um motorista faz uma ultrapassagem perigosa e bate de frente - ao seu lado está uma mulher grávida. Outros mostram manobras arriscadas de um motociclista imprudente e o "machão" que toma bebidas alcoólicas e se diz capaz de dirigir. Os filmes serão divulgados ao longo deste mês.

Conforme a Artesp, entre 2010 e 2015, houve uma redução de 51,7% no número de mortos em acidentes nas rodovias paulistas concedidas pelo governo estadual. No primeiro semestre deste ano, a redução foi de 4,4% em relação ao mesmo período de 2015. Mesmo assim, 410 pessoas morreram em acidentes nessas rodovias este ano.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.