Os cerca de 600 camelôs com licença da Prefeitura para trabalhar na região do Brás, na zona leste da capital, fizeram uma manifestação no Largo da Concórdia na manhã desta segunda-feira, 3. O protesto é contra a decisão do subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, que determinou desde sábado a suspensão, até a próxima quarta-feira, de todas as licenças do bairro. A decisão do subprefeito foi anunciada por medida de segurança após um confronto no dia 30 de agosto, em que ambulantes irregulares enfrentaram PMs e guardas civis metropolitanos que impediram que eles montassem suas barracas na feirinha da madrugada, na Rua Oriente. O ambulante José Ricardo Teixeira, de 44 anos, diz possuir o Termo de Permissão de Uso (TPU) da Prefeitura para atuar no Brás. "Com essa determinação do subprefeito da Mooca nós estamos com medo. Vai que chega um fiscal e leva nossa mercadoria." A camelô Maria Luzeni, de 49 anos, disse que teve prejuízos com a medida da Prefeitura. "Perdi muita venda no fim de semana, entre sábado e domingo. É injusto punir quem tem licença para trabalhar. Não é certo e isso tem que mudar." Para impedir que os ambulantes desobedeçam a determinação da Subprefeitura da Mooca, o policiamento na região do Brás entre sábado e domingo foi reforçado.