SÃO PAULO - Cerca de 700 vendedores ambulantes organizaram um protesto no Brás, região central da capital, na noite de quarta-feira, 26, contra operação conjunta da Prefeitura e Polícia Militar que há duas semanas impede a montagem de barracas em parte da área da Feirinha da Madrugada. Policiais acompanharam a manifestação e não houve confronto.
Segundo o Sindicato dos Camelôs Independentes de São Paulo (Sindcisp), 6 mil ambulantes trabalham na Feira da Madrugada, dos quais 2 mil estão impedidos de vender produtos desde o início da Operação Delegada nas ruas Barão de Ladário, Miller e Maria Marcolina, entre o Largo da Concórdia e a Rua Oriente. Nas ruas remanescentes, como Monsenhor de Andrade e Rodrigues dos Santos, a Feirinha funcionava normalmente na madrugada desta quinta-feira, 27.
"Por enquanto, temos ordem da Prefeitura para manter apenas esse perímetro liberado", disse o tenente Silva Neto, do 1º Batalhão de Trânsito. A Operação Delegada, conhecida como "bico oficial", remunera os policiais que aceitam trabalhar nos dias de folga em áreas delimitadas pela Prefeitura.
Leandro Dantas, presidente do Sindcisp, diz apoiar a organização do comércio popular, mas pede espaços alternativos para os camelôs, como bolsões. "A Prefeitura não pode simplesmente eliminar a categoria, somos trabalhadores", diz.