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Câmara ocupada adia reunião da CPI no Rio

Sessão que seria nesta terça de manhã foi remarcada para quinta

Por Fabio Grellet e Rio
Atualização:

Atualizado às 11h18.   A Câmara do Rio continua ocupada por um pequeno grupo de manifestantes.  A principal das nove exigências do grupo é a mudança na composição da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar os contratos da prefeitura com as empresas responsáveis pelo transporte coletivo municipal. Dos cinco integrantes da CPI, só Eliomar Coelho (PSOL), autor do pedido de criação da comissão, é da oposição. Os outros quatro integrantes (Chiquinho Brazão, Professor Uóston, Jorginho da SOS, todos do PMDB, e Renato Moura, do PTC) apoiam o prefeito Eduardo Paes (PMDB) e não assinaram o pedido. Em uma eleição contestada, na semana passada, Brazão foi eleito presidente e Uóston, relator. Nessa segunda-feira, 12, à tarde, 36 dos 51 vereadores se reuniram por cerca de três horas para discutir as reivindicações. Os quatro vereadores governistas que integram a CPI não compareceram. "Eles alegaram não querer causar constrangimento aos colegas", disse Eliomar. A única decisão foi adiar a sessão da CPI que estava prevista para 10h desta terça-feira, 13. A reunião desta terça seria a primeira da CPI e iria ouvir o ex-secretário municipal de Transportes Alexandre Sansão e o atual ocupante do cargo, Carlos Roberto Osório. A pauta foi decidida contra a vontade de Eliomar. A sessão ficou para quinta-feira. Fora da Câmara, cerca de cem manifestantes passaram o dia protestando principalmente contra os vereadores governistas da CPI. Ao fim da reunião, o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), saiu por uma porta lateral diferente daquela onde os manifestantes e a imprensa se concentravam. "Estamos buscando solução", limitou-se a dizer, após ser notado.Protestos. O oposicionista e ex-prefeito Cesar Maia (DEM) saiu em meio aos ativistas e foi alvo de xingamentos e até de cusparadas. Um dos gritos de protesto o classificava como "pai do (Eduardo) Paes". A TV Globo também foi alvo de protestos. Bette Lucchese, repórter da emissora, foi seguida e hostilizada com xingamentos.

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