Câmara da capital aprova novo teto para poder Executivo

Novo texto do Executivo paulistano representa 90,25 dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal

PUBLICIDADE

Por Maíra Teixeira e da Central de Notícias
Atualização:

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou no início da noite desta quarta-feira, 19, o novo teto salarial para o poder executivo(prefeito, vice-prefeito e secretários) da capital, em R$ 21.100. Segundo o vereador José Police Neto (PSDB), líder do governo Kassab na Câmara, com a alteração, o teto do executivo chega a 90,25% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (hoje em R$ 22.111). "Com esse novo teto o município deve economizar anualmente cerca de R$ 100 milhões. Teremos um teto de fato e isso implicaria na redução dos salários de funcionários que recebem acima do teto ", afirmou o líder do governo. No entanto, a oposição aponta essa modificação como uma manobra para elevar os salários do prefeito e aproximar os vencimentos dos secretários e vice-prefeito. "O que está por trás disso é a elevação do salário do secretário. Mudam a lei orgânica e, assim, se torna possível elevar o vencimento deles que, em sua maioria, já têm acréscimos regulares por meio dos jetons pagos por participação no conselho de empresas municipais, como CET, Emurb, entre outras", explica o líder da bancada do PT, vereador João Antônio. Segundo João Antônio, dos 28 secretários 14 recebem jetons. "Essa é uma maneira de pagar pela porta do fundo um salário maior para os secretários. Com a elevação do teto, o próximo projeto que deve entrar em votação é aumento do prefeito, vice e secretários. Essa economia apontada pelo governo é uma falácia."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.