
19 de abril de 2012 | 03h03
Em maio, os orelhões de São Paulo ganharão nova roupagem. A Call Parade, uma referência à Cow Parade, que espalhou esculturas de vaca pela cidade, transformará cem aparelhos com pinturas personalizadas. A intervenção será feita por 90 artistas selecionados em um concurso e outros 10 que foram convidados pela empresa Vivo. A ação serve para anunciar o fim da marca Telefônica.
As primeiras peças já estão sendo produzidas. O artista Claudio Tozzi, por exemplo, fez o orelhão Papagalia, com formas geométricas e muitas cores.
O maior mural de Eduardo Kobra
Já Eduardo Kobra criou o Alô, São Paulo. "Como vai ficar exposto na frente do Masp, decidi fazer referência entre o novo e o velho", explicou.
Até 18 de maio, os cem orelhões estarão prontos para a exposição, que vai de 20 de maio a 24 de junho. Além da Avenida Paulista, deverão ser instalados em Pinheiros e Vila Madalena, na zona oeste, e Paraisópolis, na zona sul.
Invenção paulistana. O orelhão é uma invenção paulistana. A cúpula em forma de uma grande orelha foi criada pela arquiteta paulistana Chu Ming Silveira, em 1971. A capital tem atualmente 48 mil aparelhos.
A empresa espera que a intervenção artística consiga reduzir a destruição de orelhões. Todos os meses, cerca de 25% deles são alvo de vandalismo, segundo a Vivo.
A empresa ainda não sabe o que será feito com os novos aparelhos após a exposição. Para Kobra, a instalação poderia ser espalhada por toda a cidade. "Muitas pessoas pediram para eu fazer isso em outros aparelhos. E a cidade está repleta de novos artistas."
De acordo com a Vivo, a empresa ainda estuda levar a ideia para outros aparelhos. "Por enquanto, os trabalhos selecionados serão expostos em oito circuitos distintos da capital."
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