Cabral tenta evitar erros cometidos por Wagner na Bahia

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Por Redação
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Bastidores: Alfredo Junqueira

O s exemplos dramáticos da greve de policiais na Bahia estão servindo de base para as iniciativas do governo do Estado do Rio para administrar a crise provocada pela paralisação das forças de segurança fluminenses. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) antecipou uma série de medidas para tentar neutralizar o movimento grevista.

O peemedebista procura não repetir os erros de Jaques Wagner (PT), criticado por demorar a tomar atitudes mais enfáticas. As iniciativas do governo e a reduzida adesão à greve fizeram com que Cabral dispensasse, por enquanto, o auxílio dos 14 mil homens da Força Nacional e do Exército.

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Ontem, o governador publicou edição extra do Diário Oficial do Estado para fazer valer decreto que reduz em 65% os prazos de tramitação dos processos disciplinares contra policiais e bombeiros. Os 17 homens presos no primeiro dia de greve já enfrentarão ações punitivas mais rápidas. O decreto reduz de 80 para 27 dias a tramitação e atinge apenas praças e aspirantes. Os processos contra oficiais permanecem iguais.

"A gente foi aprendendo com o caso da Bahia", afirmou o secretário de Estado da Casa Civil e braço direito de Cabral, Regis Fichtner. "Houve uma pronta resposta do Estado para evitar transtornos à população. Além disso, já oferecemos reajustes e benefícios que estavam até acima das nossas possibilidades", ressaltou o secretário. Cabral também antecipou a concessão de reajustes e benefícios antes da greve. A Assembleia Legislativa do Rio aprovou anteontem projeto de lei que estabelece aumentos de 39% em duas parcelas - 13% agora e 26% em fevereiro de 2013.

As prisões também mostram a disposição do governo do Rio em não negociar com os grevistas. Na Bahia, os primeiros grevistas só foram detidos após uma semana de paralisação. Líder do movimento no Rio, o cabo bombeiro Benevenuto Daciolo foi preso dois dias antes de a greve ser decretada - logo após a divulgação de escutas mostrarem que ele articulava a nacionalização do movimento.

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