Cabo Bruno é morto no interior de SP

Chefe de grupo de extermínio na década de 1980, Florisvaldo de Oliveira havia deixado a prisão há 34 dias; ele tinha sido condenado a 120 anos de cadeia

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Por Ricardo Valota e William Cardoso - O Estado de S. Paulo
Atualização:

* Atualizado às 22h50.

 

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SÃO PAULO - Trinta e quatro dias depois de sair da prisão, o ex-policial militar Florisvaldo de Oliveira, o Cabo Bruno, de 53 anos, foi morto a tiros no final da noite de quarta-feira, 26, na porta da casa onde morava, no bairro Quadra Coberta, em Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo. O cabo ficou conhecido por liderar um grupo de extermínio na década de 1980 na capital paulista e havia se tornado pastor evangélico ao sair da cadeia.

 

O crime ocorreu às 23h45. Acompanhado de parentes, ele voltava de um culto em Aparecida, município vizinho, e foi surpreendido pelos criminosos em frente à residência da família, na Rua Inácio Henrique Moreira.

"Segundo testemunhas, eram dois homens que chegaram a pé e atiraram somente contra ele (Florisvaldo). Não foi anunciado assalto", afirmou o tenente Mário Tonini, da 2ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar. "Havia um carro próximo ao local, possivelmente utilizado pelos atiradores na fuga. Não temos pistas ainda sobre a autoria. Provavelmente foi um crime de execução".

 

O Cabo Bruno não chegou a ser socorrido e morreu no local. Segundo a polícia, nada foi levado dele ou dos familiares. Não havia câmeras na rua para gravar a ação criminosa, o que deve dificultar o trabalho da polícia. A perícia esteve no local do crime e recolheu 18 cápsulas de pistola ponto 40 - mesmo calibre utilizado pela Polícia Militar - e outras calibre 380. O caso está sendo investigado pela equipe do 1º Distrito Policial de Pindamonhangaba. Florisvaldo de Oliveira havia deixado a penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, a P-2, de Tremembé, no interior paulista, após cumprir 27 anos de prisão.

Familiares contaram que foram pegos de surpresa com o assassinato. Bruno não havia recebido nenhuma ameaça de morte após sair da prisão, há 35 dias atrás.

 

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