12 de novembro de 2010 | 00h00
Bruno disse que, em 10 de junho, Eliza deixou seu sítio rumo a São Paulo, após receber R$ 30 mil dele. Afirmou que ela deixou o bebê para que ele cuidasse. Para a polícia e o Ministério Público, Eliza foi morta a mando de Bruno por causa da disputa judicial movida por ela para que o goleiro reconhecesse a paternidade do bebê. "É 99,9% de chance que o Bruninho é meu filho", admitiu ontem.
Afirmou que Eliza e um de seus primos, de 17 anos, se agrediram no Rio. A briga explicaria as manchas de sangue no Land Rover dele. Disse que viu Eliza pela última vez quando ela saía do sítio e despediu-se dele e do bebê. Segundo Bruno, o primo - que morava com ele, o amigo Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e a noiva do goleiro, Ingrid Oliveira, no Rio - causava problemas por ser usuário de cocaína. "Só um psicopata inventaria o que ele inventava." E afirmou que a relação com Ingrid causava ciúme em Macarrão.
O goleiro disse que foi ameaçado pelo delegado Edson Moreira, chefe do Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa e responsável pela coordenação das investigações. Moreira teria pedido R$ 2 milhões para livrar o goleiro das acusações. A polícia afirmou que não comentaria as declarações.
Para o Ministério Público, a maior parte do depoimento de Bruno foi uma estratégia para tentar desqualificar os depoimentos que o incriminam.
O depoimento de Macarrão terminou ontem à noite, poucos minutos após começar, por estratégia da defesa. A juíza Marixa bateu boca com um dos advogados dele, que conversava durante o interrogatório. No meio da discussão, o advogado disse a Macarrão que não respondesse a nenhuma pergunta.
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