
16 de agosto de 2012 | 03h05
A polícia do país vizinho acredita que o triplo assassinato aconteceu depois de um acerto de contas sobre tráfico de cocaína, envolvendo automóveis e motos roubadas. Ainda conforme informações dos policiais bolivianos, não havia recursos para evitar o massacre, por causa do fraco sistema de segurança da delegacia local. "As portas foram arrombadas por uma multidão e os dois rapazes retirados à força da cadeia. No momento do tumulto, havia apenas quatro policiais aqui", disse um deles.
Entreposto. As ocorrências aconteceram em plena discussão sobre a grande quantidade de cocaína boliviana que entra em Cáceres diariamente. Durante debates que já duram dois dias no câmpus da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), o juiz da Vara Criminal e de Execuções Penais, Alex Nunes Figueiredo, afirmou que Cáceres "vive da cocaína boliviana". "Está muito dependente da droga."
Ele esclareceu que a cidade tem padrão de vida bastante alto e não se vê de onde saí o dinheiro para tanto. O magistrado disse ainda que 80% da cocaína boliviana passa por ali.
O próprio comandante da Polícia de San Martín, capitão Alvaro Perez, um dos participantes do encontro em Cáceres, reconhece a grande movimentação dos narcotraficantes perto da fronteira. Ele lamentou e disse que está acontecendo uma contínua redução dos recursos americanos para combater o tráfico de droga na Bolívia, depois que Evo Morales foi eleito presidente.
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