22 de novembro de 2012 | 02h07
Rodrigo Perez Figueiras, que nega as acusações, está preso nos Estados Unidos. Segundo relato de tripulantes do voo, feito no dia 5 de novembro para a agência de segurança de transportes da Flórida, Figueiras tinha assento marcado no 41G, da classe econômica. Durante a viagem, ele se levantou e tentou sentar na classe executiva, que tinha alguns lugares vazios. Como acontece nesses casos, o comissário pediu que ele regressasse para sua cadeira. Ele acatou.
Minutos mais tarde, o brasileiro novamente tentou sentar na classe executiva. Mais uma vez, o comissário o advertiu e pediu para ele voltar para o seu assento 41G. De novo, Figueiras concordou e retornou para a classe econômica.
Quando tudo parecia solucionado, Figueiras decidiu levantar mais uma vez. Desta vez, tentou cruzar a classe executiva e ir para a primeira. O comissário se posicionou para impedi-lo. O brasileiro respondeu com um soco na cara dele, de acordo com o relato dos tripulantes. Os dois caíram no chão e o brasileiro teria mordido o comissário e cuspido nas pessoas, incluindo passageiros e membros da tripulação, que tentavam separar.
Uma vez dominado, Figueiras foi levado para o seu assento, na classe econômica, onde ficou amarrado até o fim da viagem. Ao chegar ao aeroporto de Miami, foi detido e levado para as autoridades para a cadeia, onde aguarda julgamento. Caso seja condenado, o brasileiro pode pegar até 20 anos de prisão.
Sua defesa não foi localizada pelo Estado. O Consulado do Brasil em Miami informou que está acompanhando o caso e em contato com a família. Um funcionário consular visitou Figueiras na prisão. Não há informações sobre o motivo da viagem ou se alguém o acompanhava.
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