01 de julho de 2013 | 02h09
A permissão foi determinada por um decreto publicado na edição de sábado do Diário Oficial da Cidade. Segundo o texto, os cartões podem ter "figuras, imagens, ilustrações, distintivos, fotos ou desenhos" de "eventos ou manifestações culturais, artísticas, científicas e esportivas, acontecimentos históricos, meio ambiente e turismo". O custo dessas mensagens poderá ser "suportado pela Prefeitura, compartilhado ou de responsabilidade única e exclusiva do interessado na promoção do eventos", ainda de acordo com o decreto.
A Prefeitura diz, no entanto, que não há interesse em explorar comercialmente os cartões. A proposta, por ora, é oferecer o espaço, por exemplo, a entidades filantrópicas que precisem divulgar seus trabalhos e dividir, com elas, o custo da impressão dos cartões.
Buscar aumentar a arrecadação de verbas para a operação com a venda de espaço publicitário é uma estratégia comum a vários sistemas de transporte no mundo - o Metrô de São Paulo, por exemplo, vende banners nas estações e até dentro dos trens.
A permissão para exploração publicitária nos cartões do bilhete único ocorre em um momento vantajoso para a Prefeitura. A programação do começo do ano era que, até novembro, entraria em operação o bilhete único mensal, que utiliza uma tecnologia mais moderna do que as dos cartões atuais.
Ainda no ano passado, por causa de falhas de segurança, a SPTrans previa que, a partir de 2013, seria preciso fazer uma migração de tecnologia - o que inclui a troca de todos os cartões por outros, mais seguros. O custo dessa troca não chegou a ser divulgado na época mas, hoje, se soma aos R$ 200 milhões extras que a SPTrans terá de gastar por causa do congelamento da tarifa. A troca dos cartões, quando começar, já poderá ser feita para os cartões que tenham as mensagens publicitárias.
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