Bilhete único pode ser estendido no Estado de SP

Qualquer cidade poderá operar serviço; edital de concessão sai em setembro

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Por Eduardo Reina
Atualização:

O consórcio ou empresa que vencer a licitação do bilhete integrado, que proporcionará ao passageiro de metrô, trem ou ônibus se deslocar por determinado tempo usando qualquer meio de transporte público associado ao sistema, poderá operar o serviço em qualquer cidade de São Paulo. O edital de concessão, em forma de parceria público-privada (PPP) administrativa, será lançado na primeira quinzena de setembro. A assinatura do contrato deve ocorrer até o final do ano. Vencerá quem oferecer o preço mais baixo de serviço e pagar ao Estado o maior valor para explorar a operação do bilhete. Para pagar esse valor, o concessionário poderá utilizar a renda obtida com a exploração comercial do bilhete - o cartão poderá ser usado para a compra de bens e serviços em estabelecimentos associados, como lojas. “Pode participar qualquer empresa nacional ou estrangeira, desde que o consórcio seja liderado por uma companhia nacional”, diz José Nascimento, gerente de Controle Financeiro do Metrô. De acordo com Paulo Menezes, gerente de Planejamento do Metrô, qualquer cidade poderá aderir ao sistema de arrecadação, desde que assine convênio com o Estado e aceite as normas do sistema a ser implantado. “A previsão é que cidades das regiões metropolitanas da Baixada Santista e de Campinas possam iniciar a implantação 24 meses após a assinatura do contrato.” O vencedor pagará R$ 200 milhões à Prefeitura de São Paulo pelos investimentos na implementação do bilhete único eletrônico desde 2004. E terá de investir R$ 310 milhões para implantar e manter a tecnologia atualizada ao longo dos 30 anos da concessão. No primeiro ano, a empresa assumirá a arrecadação do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), da ViaQuatro (que operará a Linha 4 do Metrô) e da São Paulo Transporte (SPTrans), que administra os ônibus na capital, exceto as linhas com cobradores, segundo Norberto de Oliveira Filho, da CPTM. O sistema arrecadatório metroferroviário e de ônibus na capital registrou 3,6 bilhões de passageiros em 2008 - desses, 2,7 bilhões usaram cartão inteligente. “Já são 75% os usuários de bilhete eletrônico, uma das maiores arrecadações do mundo, de mais de R$ 5 bilhões por ano”, diz Gerlene Colares, economista do Metrô.

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