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Bilhete da EMTU será usado como cartão de débito

Sistema será pré-pago e deve começar a funcionar até outubro; Prefeitura estuda usar modelo similar no Bilhete Único

Por Artur Rodrigues
Atualização:

O cartão BOM (Bilhete do Ônibus Metropolitano), utilizado no transporte público da Região Metropolitana de São Paulo, passará a funcionar como uma espécie de cartão de débito até outubro. O sistema será pré-pago e terá a bandeira Mastercard. A Prefeitura estuda sistema parecido para o Bilhete Único. Cerca de 4 milhões de pessoas utilizam o cartão, que é aceito em ônibus intermunicipais, estações de metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Para aderir ao sistema pré-pago, denominado BOM +, será cobrada uma taxa única, de R$ 9,90. "É igual a um cartão de débito para, a princípio, um público não bancarizado", afirma Mauro Borges Freddo, diretor da Promobom Autopass, empresa que administra o cartão BOM. A princípio, o cartão não permitirá parcelamento. No entanto, será possível fazer saques e compras em toda a rede que aceita Mastercard, incluindo pela internet. De acordo com a empresa que administra o BOM, os usuários terão de pagar pelos pacotes de serviços. Boa parte dos valores, no entanto, deve ser revertida em créditos de telefone celular. Os cartões poderão ser carregados em estabelecimentos conveniados, como bancos, lotéricas e pequenos comércios. A expectativa é de que se inicie o projeto com mais de 10 mil pontos de recarga. O valor depositado como crédito de transporte não poderá ser gasto em compras. No entanto, o dinheiro do pré-pago poderá ser convertido para o uso no transporte público. A ideia é que, assim que o serviço se consolidar, o cartão comece a ganhar mais funções. Entre elas, o acúmulo de pontos que podem ser revertidos em vantagens, como funciona no sistema dos cartões de crédito. A princípio, o público-alvo do cartão é de 10% dos usuários do sistema BOM. O programa deve ser apresentado hoje, durante a Feira Transpúblico, realizada no Transamérica Expo Center. O secretário municipal de Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou que pretende aumentar as funções do Bilhete Único. Ele quer que o cartão possibilite que as passagens sejam cobradas diretamente em conta bancária.

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