Em São Bernardo do Campo, o casal Alan Nascimento, de 22 anos, e Adriana de Andrade, de 23, optou pela bicicleta para ir até o centro da cidade, onde os dois planejavam procurar emprego. Levando Adriana na garupa, Alan pedalou por cerca de 15 minutos até um bicicletário no Terminal São Bernardo. Apesar dos transtornos, ele se disse a favor da greve: "Acho justo, eles recebem pouco e trabalham em condições ruins".
Os pontos de táxi tiveram movimento maior. O taxista Dimas Oliveira de Paiva, de 52 anos, que trabalha ao lado da rodoviária, fez mais de 20 corridas, três delas para São Paulo, a um custo médio de R$ 90. Em dias comuns, ele disse que faz no máximo uma.
Na lanchonete do terminal, a situação foi outra. Segundo a atendente Mara Santos, até as 11h as vendas somavam 22 cafezinhos e 37 pães de queijo - em dias normais, são 90 cafés e 85 pães de queijo. Para abrir o estabelecimento, o chefe de Mara teve de ir buscá-la em casa, na vizinha Santo André. "As vendas de hoje não pagam nem a minha marmita."