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Bem localizado, Perdizes vira sinônimo de qualidade de vida

Região ficava entre os córregos do Pacaembu e da Água Branca e ganhou esse nome devido à criação de perdizes em chácara

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Por Redação
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Densamente ocupado, Perdizes é sinônimo de qualidade de vida: o bairro possui o terceiro índice de desenvolvimento humano mais elevado da cidade, atrás apenas de Moema e Pinheiros. E tudo começou, na realidade, na chácara do vendedor de garapa Joaquim Alves Fidelis, que tinha uma criação de perdizes no seu quintal, onde hoje fica o Largo Padre Péricles.Em 1850, mesmo depois da venda da propriedade, o lugar já era conhecido como “quintal das perdizes” e quase 50 anos depois o nome entrou para a planta oficial da cidade.

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Na realidade, essa região foi uma sesmaria doada aos jesuítas em 1561 por Martim Afonso de Souza, donatário da capitania de São Vicente. Os religiosos arrendaram parte da área a particulares e fundaram o Sítio Pacaembu, que ficava entre dois córregos, o Pacaembu (onde hoje fica a avenida) e o Água Branca (atual Avenida Sumaré).

Um dos personagens mais importantes do bairro é o padre Péricles Gomes Barbosa, que dá nome ao local que abriga a Igreja São Geraldo. Ele foi o primeiro vigário da igreja em 1914 e responsável pelas obras da nova matriz. Também é na igreja que está o sino da Independência, que anunciou a proclamação às margens do Ipiranga, em 7 de setembro de 1822.

A Avenida Sumaré, uma das principais de Perdizes, era antes um córrego. Na foto, o bairro em plena expansão Foto: Acervo Estadão

A maior ocupação da região aconteceu entre 1940 e 1950 a partir da divisão de lotes, criando superquadras. Um exemplo disso é a esquina das Ruas João Ramalho, Franco da Rocha e Homem de Mello, famosas pela arquitetura de seus prédios. Hoje, o bairro é um dos locais que mais atrai lançamentos imobiliários na zona oeste, com um dos metros quadrados mais valorizados da capital.

Um dos grandes atrativos é sua localização privilegiada que dá acesso às principais vias da cidade: Marginais Pinheiros e Tietê, Avenida Paulista, Avenida Sumaré, centro, bairros Pacaembu e Pompeia etc. A região também é bem servida de transporte público, tanto de metrô quanto ônibus, para qualquer ponto da capital.

O bairro também é conhecido por abrigar o Estádio Palestra Itália (o Parque Antártica), que passou por reformas recentemente para se tornar uma moderníssima arena multiuso. A previsão é que, para shows, a capacidade máxima chegue a 60 mil pessoas.

Também em Perdizes fica a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), uma das mais tradicionais instituições de ensino superior do País, e o Teatro Tuca, palco de manifestações artísticas e contra a ditadura militar. Outra grande opção de lazer no bairro, para todas as idades, é o Parque da Água Branca, uma área de 137 mil m² com espírito de fazenda que abriga atrações culturais como o Museu Geológico e a Casa do Caboclo. 

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Páginas do Estado contam a história do bairro de Perdizes Foto: Acervo

 

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