BEA diz agora que A330 não teve panes e bloqueios

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Por Andrei Netto
Atualização:

Um dia depois de o jornal Le Figaro afirmar que as gravações das caixas-pretas do voo 447 inocentavam a fabricante da aeronave (Airbus) e reforçavam a hipótese de falha humana, o caso ganhou novo capítulo ontem. O diretor técnico do Escritório de Investigação e Análise para a Aviação Civil (BEA), Alain Bouillard, afirmou à Agência France Presse que as gravações não indicam "disfuncionamento maior" no avião, como panes elétricas totais, bloqueio dos motores ou alarmes incompreensíveis. Entretanto, segundo o perito, isso não quer dizer que não tenha havido "disfuncionamentos menos importantes". Segundo Bouillard, conforme avancem as análises, "em oito dias ou mais", podem vir a surgir falhas. Na manhã de ontem, o Le Figaro voltou ao tema, explicando como teria sido a tragédia. O voo saiu do Rio às 19h (horário de Brasília) e deveria chegar a Paris às 6h10. Às 22h33, o avião fez o último contato via rádio e, às 23h, entrou em uma tempestade, evitada por outras aeronaves que passavam pela região. O Figaro dá três hipóteses para o avião da Air France ter entrado na tempestade: erro de avaliação da tripulação (até por falta de gente na cabine), erro do piloto induzido por leitura equivocada de radar ou sonda ou falta de combustível para contornar a tormenta.

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