
13 de dezembro de 2012 | 02h02
O estudo analisou 1.000 perícias de acidentes fatais da cidade entre 2009 e 2010. O relatório ficou pronto neste ano. Um quarto das mortes investigadas era de motoqueiros.
Um terço das colisões analisadas envolveu motos que bateram nas laterais de carros e 76% delas ocorreram longe dos cruzamentos, no meio da via. É um sinal, segundo o relatório, de que "uma das causas (das mortes) é o hábito de trafegar entre os veículos. Nos cruzamentos, onde ocorreram 25% dos acidentes com vítimas, observa-se que, em decorrência de inúmeros movimentos conflitantes, a maioria aconteceu quando houve o desrespeito à sinalização".
O levantamento mostra ainda que, considerando todos os tipos de veículos, 75% dos acidentes com vítimas na cidade ocorrem no meio da quadra, caracterizando esse trecho "como o mais perigoso da via, e não o cruzamento". A mesma situação é verificada com atropelamentos com mortes. Segundo escreveu o autor do relatório, Mauricio Regio, no meio do quarteirão o motorista "não espera que um pedestre apareça e atravesse na sua frente, a não ser que tenho um semáforo".
Além disso, nos cruzamentos, a travessia geralmente é esperada e regulamentada por meio de sinalização horizontal.
Os carros são os líderes das colisões fatais em São Paulo, respondendo por 36% dos acidentes com mortes. As motos vêm em seguida, com 31%, e os ônibus logo depois, com 18%. Os caminhões, 11%. / B.R, e CAIO DO VALLE
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