30 de outubro de 2011 | 03h03
"A molecada se mata de correr, esse é o problema. Eu limito a velocidade a 60 km/h. Se bater, não faço nem um risco na lataria", acredita o bancário, que não aceitou ser fotografado pela reportagem. "Calibrado" com três doses de vodca, Pereira aciona, à esquerda do volante, o piloto automático, explicando como funciona.
Ele afirma ainda que "a 60 km/h, a gente não mata ninguém". Não é bem assim.
De acordo com Ricardo Bock, professor do Departamento de Engenharia Mecânica Automobilística da Fundação Educacional Inaciana (FEI), "piloto automático não raciocina; talvez algum dia. Mas, aí, a pessoa não vai precisar nem dar partida".
O professor garante que não é necessário chegar aos 60 km/h para correr risco de colisão fatal. "A partir de 45 km/h já é arriscado, basta ver em qualquer 'crash test' na internet", afirma. Segundo ele, "a musculatura do corpo não está preparada para uma desaceleração tão brusca". "Tanto que, muitas vezes, não se encontra sangue no corpo das vítimas de acidentes muito graves. Só hemorragias internas." / P.S.
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