17 de junho de 2014 | 20h33
SÃO PAULO - A decisão de apresentar um projeto de lei específico para contemplar as reivindicações dos sem-teto de Itaquera desvincula o tema da figura do prefeito Fernando Haddad (PT). Oficialmente, quem atende às exigências do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) é a Câmara Municipal e não mais a Prefeitura. Nos bastidores, Haddad e o relator do Plano Diretor, vereador Nabil Bonduki (PT), comemoram a solução. A partir de agora, o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, não poderá mais atribuir ao prefeito a responsabilidade de regularizar ou não a ocupação erguida a 4 km da Arena Corinthians.
Nesta terça-feira, 17, mais aliviado, Haddad se sentiu livre para dizer que seria “imprudente que a votação do Plano Diretor se misturasse com uma questão muito recente na cidade”. Nas últimas semanas, foi a primeira vez que o prefeito revelou opinião tão clara sobre a questão. Para não deixar dúvida, afirmou que o Executivo não teve nenhuma iniciativa em relação ao projeto. “Nós só estamos promovendo o diálogo para evitar que os humores possam comprometer o bom andamento do Plano Diretor”, disse.
Na Câmara, a mesma tese é defendida pelos vereadores da base aliada. Líder do governo na Casa, Arselino Tatto (PT) foi enfático ontem ao defender o tema em plenário, mas sem citar o nome do prefeito.
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